
Criado em 1998, o ENEM é uma prova que avalia o desempenho dos alunos do ensino médio. No ano de 2004, a nota da prova começou a ser aceita para ingresso em universidades públicas e particulares.
Quem obtém sucesso no Exame Nacional do Ensino Médio também pode usar a nota para ingressar em universidades internacionais. Nesta semana onde todo mundo só falou sobre isso, explicaremos o que é, e como funciona o ENEM.
O que é o ENEM?
O ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) foi criado em 1988 pelo Ministério da Educação, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, com o objetivo de avaliar os estudantes do ensino médio.
Podem participar os alunos que estão no último ano, quem já concluiu e quem está no 1º e no 2º ano na condição de treineiro, ou seja, apenas para treinar a realização da prova.
Os alunos que concluíram o supletivo e os que foram aprovados no Encceja (Exame Nacional de Certificação de Competência de Jovens e Adultos) também podem prestar o ENEM.
Como usar a nota do ENEM?
Em 2004 veio uma importante mudança, a nota começou a ser aceita e até mesmo substituir o vestibular em universidades públicas e particulares.
Veja as quatro formas de utilização da nota do ENEM:
- Sisu (Sistema de Seleção Unificado): criado pelo MEC, o objetivo do Sisu é democratizar o ingresso às universidades públicas. A inscrição no Sisu pode ser feita em janeiro e em julho com o número de inscrição e senha do ENEM.
- Fies (Fundo de Financiamento Estudantil): Fies é um financiamento para ingresso em universidades particulares. O critério de uso do Fies é ter obtido no mínimo 450 pontos no ENEM;
- Sisutec (Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Técnica): criado em 2013, o Sisutec tem a missão de selecionar candidatos para cursos técnicos e profissionalizantes em instituições públicas e privadas;
- Ingresso Direto: o ingresso direto é quando a universidade usa a nota do ENEM como vestibular. Cada instituição tem suas regras quanto a isso.
Como usar a nota do Enem para estudar no exterior?
Também é possível usar a nota do ENEM para estudar no exterior.
Universidades de Portugal, Reino Unido, França e dos Estados Unidos aceitam a nota do ENEM, contudo, isso não significa que tenham abandonado critérios como cartas de recomendação, envio de documentos, etc.
Confira algumas instituições internacionais que aceitam a nota do ENEM:
- Portugal: Universidade de Coimbra, Instituto Universitário de Lisboa, Universidade Autônoma de Lisboa, Instituto Politécnico do Porto, Universidade do Algarve, Instituto Politécnico de Leiria, Instituto Politécnico do Cávado e do Avre;
- Reino Unido: Universidade de Oxford, Universidade de Bristol, Universidade de Kingston;
- França: Universitè Pierre et Marie Curie, Universitè Paris-Sud-Paris XI, École Polytechnique, École Normale Supérieure;
- Estados Unidos: New York Academy.
Como é a prova objetiva do ENEM e redação?
A prova do ENEM até 2008 era aplicada em apenas um dia. Nessa época eram 63 questões e a redação. Em 2009, o exame passou a ter 180 questões e ser aplicado em um sábado e em um domingo, também com a redação.
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No anos de 2017, a prova passou a ser aplicada em dois domingos e com o mesmo número de questões e a redação. Essas 180 questões são de múltipla escolha com cinco nativas divididas da seguinte maneira:
- 1º dia: 45 questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira, Artes, Tecnologias da Informação e Comunicação), 45 questões de Ciências Humanas e suas Tecnologias (História, Filosofia, Sociologia e Geografia) e redação;
- 2º dia: 45 questões de Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Biologia, Química e Física) e 45 questões de Matemática e suas Tecnologias.
Já a redação é sobre um tema contemporâneo e relevante na sociedade brasileira. O tema é apresentado por meio de uma frase e o texto deve ter até 30 linhas.
A nota máxima da redação é 1000 e para obter essa pontuação é preciso ter domínio da norma culta, ter poder de argumentação e dominar o formato dissertativo-argumentativo.
E os critérios que anulam a redação são os seguintes:
- Não escrever nada;
- Escrever apenas 7 linhas;
- Escrever o nome, assinar, desenhar ou fazer qualquer coisa diferente da redação no espaço destinado ao texto;
- Escrever o texto em outro idioma;
- Letra ilegível;
- Fugir do tema proposto;
- Usar formato de texto diferente do dissertativo-argumentativo;
- Usar palavras de baixo calão e usar ofensas raciais, homofóbicas, etc.