Dicas História Revolução Industrial
Diferença e semelhança: Fordismo, Taylorismo e Toyotismo
Embora o Fordismo, Taylorismo e Toyotismo apresentem abordagens diferentes para a produção industrial, eles compartilham algumas semelhanças em suas filosofias.
O Fordismo, Taylorismo e Toyotismo são três modelos de produção industrial que surgiram em diferentes épocas e contextos históricos. Eles representam abordagens distintas para a organização do trabalho e a produção em massa.
Primeira vez utilizado pelo historiador Arnold Toynbee, o termo revolução industrial define o conjunto de mudanças que alteraram o cenário econômico, político e social da Inglaterra.
Podemos citar a política de cercamentos e abolição de direitos consuetudinários, característico do costume da sociedade agrária inglesa, como os principais impulsionadores da migração de trabalhadores para as grandes cidades.
A mesma urgência por aumentar a produtividade que ocorria no cenário agrário se fez presente nas fábricas.
As manufaturas e maquinofaturas precisavam produzir cada vez em menos tempo para conseguirem sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo e lucrar o máximo possível.
Dessa necessidade de expandir a produção, surgiram alguns modelos industriais que visavam garantir mecanismos produtivos eficazes para serem seguidos pelas indústrias.
Taylorismo
O primeiro modelo para gerenciar os recursos fabris que surgiu foi o Taylorismo desenvolvido por Frederick Winslow Taylor entre o final do século XIX e início do século XX.
Também conhecida como Administração Científica, surgiu no período da revolução industrial quando a energia elétrica e o petróleo já substituíam o vapor e o aço passou a substituir o ferro.
Modelos de Produção Industrial - Taylorismo.
A teoria de Taylor se baseia em alguns princípios que visam a otimização produtiva, são eles:
- Estudo dos tempos e movimentos: É um estudo que gerencia as tarefas dos trabalhadores de forma a registrar, simplificar e reduzir o máximo possível de conhecimento para que os trabalhadores tenham a melhor maneira de desenvolver uma única tarefa.
- O segundo princípio estabelece que deve haver uma seleção científica para escolher o melhor e mais capacitado possível para executar aquela tarefa.
- O terceiro princípio se baseia na aplicação do primeiro princípio, o estudo dos tempos e movimentos, assim os trabalhos são efetivamente feitos da melhor maneira pelas melhores maneiras.
- O último princípio consiste na divisão do trabalho. Abordado também por Adam Smith na sua obra A Riqueza das Nações, a divisão do trabalho consta justamente em estratificar ao máximo as funções dos trabalhadores de forma que um trabalhador fique encarregado de uma única função mais simples possível. Smith relacionou três consequências da divisão que são elas: destreza do trabalhador, otimização do tempo e inovação na tecnologia fabril.
Fordismo
Desenvolvido por Henry Ford no início do século XX, dono da marca multinacional de automóveis, o Fordismo alterou e revolucionou a indústria automobilística.
Modelos de Produção Industrial - Fordismo.
Henry Ford buscava intensificar a produção reduzindo o tempo que o trabalhador levava para realizar a sua função.
Para isso, excluindo a necessidade do proletário precisar se locomover entre diferentes áreas fabris, desenvolveu a linha de montagem com a esteira móvel que as peças vão até o trabalhador.
Ford conseguiu reduzir o custo de produção dos automóveis e, assim, reduzindo seu valor final para que atingisse o mercado de massa e deixassem de ser artigos de luxo e fossem adquiridos por camadas menos abastadas da sociedade. Além disso, elaborou a padronização dos seus produtos em larga escala.
Com a aplicação e otimização das suas técnicas, conseguiu atingir níveis altíssimos de produtividade e expandir seu sistema de filiais concessionárias em milhares de cidades da América Latina.
Toyotismo
O Toyotismo foi um modelo desenvolvido por três engenheiros japoneses entre a década de 40 e 70 do século XX e implantada na montadora nipônica de automóveis Toyota.
Modelos de Produção Industrial - Toyotismo.
Desenvolvido no período pós-guerra, o objetivo do Toyotismo era recuperar as indústrias japonesas no cenário de um país destruído e de pequeno mercado que precisava fabricar com o menor custo possível para se tornar competitivo no mercado de importações.
Os seus desenvolvedores perceberam que os estoques custavam muito para a empresa, e por isso buscaram economizar em aluguéis de armazéns evitando a estocagem de mercadorias finais e matéria-prima.
Desse modo, notaram que o melhor era receber encomendas antes de começar a produzir, o que evitava o desperdício e a superprodução. Como atendiam a encomendas, esse modelo de produção conseguia ser flexível à demanda e diversificar os produtos fabricados.
Outra importante característica é o sistema cronometrado conhecido como “just in time”, que traduzido para português significa no tempo certo. O termo significa a otimização produtiva através da utilização de máquinas cada vez mais moderna, gerando a redução da mão de obra.
Além disso, no que se refere aos trabalhadores, o Toyotismo demandava mão de obra cada vez mais qualificada que se dividiam em equipes responsáveis pela qualidade de produção do início ao fim.
Aproveitando-se também da automatização e desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação, a Toyota se tornou a maior montadora automobilística do mundo.
Diferença entre o Fordismo, Taylorismo e Toyotismo
O Fordismo, Taylorismo e Toyotismo são três modelos de produção industrial que surgiram em diferentes épocas e contextos históricos. Eles representam abordagens distintas para a organização do trabalho e a produção em massa.
O Fordismo é um modelo de produção em massa criado por Henry Ford no início do século XX.
Ele é caracterizado por uma linha de montagem altamente especializada e mecanizada, na qual os trabalhadores realizam tarefas específicas e repetitivas.
Esse modelo permitiu a produção em larga escala de produtos padronizados a baixo custo, tornando-os acessíveis ao consumidor em massa.
O Taylorismo, criado por Frederick Taylor, também no início do século XX, é uma abordagem para aumentar a eficiência do trabalho.
Ele se concentra em dividir as tarefas em tarefas menores e mais simples, e em seguida, analisar e otimizar cada uma delas para aumentar a produtividade.
O objetivo é maximizar a eficiência e a produção ao mesmo tempo em que se reduzem os custos.
O Toyotismo, por outro lado, é um modelo de produção criado no Japão após a Segunda Guerra Mundial, pela empresa Toyota.
Ele é caracterizado por um sistema de produção just-in-time, no qual a produção é baseada na demanda do mercado e não em estoques. Além disso, ele valoriza a flexibilidade e a colaboração dos trabalhadores, que são incentivados a sugerir melhorias no processo produtivo.
O Toyotismo também enfatiza a qualidade e a eficiência na produção, mas de uma maneira mais flexível e adaptável.
Em resumo, o Fordismo e o Taylorismo são modelos de produção que se concentram na produção em massa e na eficiência, enquanto o Toyotismo valoriza a flexibilidade, a colaboração e a qualidade na produção.
Cada um desses modelos teve um impacto significativo na história da produção industrial e continua a influenciar as práticas de produção até hoje.
Semelhança entre o Fordismo, Taylorismo e Toyotismo
Embora o Fordismo, Taylorismo e Toyotismo apresentem abordagens diferentes para a produção industrial, eles compartilham algumas semelhanças em suas filosofias. Algumas delas são:
Foco na eficiência:
Todos os três modelos visam aumentar a eficiência e a produtividade do processo produtivo, seja através da padronização e especialização de tarefas (Fordismo e Taylorismo) ou através de sistemas de produção mais flexíveis e adaptáveis (Toyotismo).
Uso da tecnologia:
Todos os três modelos utilizam a tecnologia para aumentar a eficiência do processo produtivo. No Fordismo e Taylorismo, isso se manifesta através da automação e da mecanização de tarefas, enquanto no Toyotismo a tecnologia é usada para otimizar o processo produtivo e garantir a qualidade do produto.
Padronização:
Os três modelos também enfatizam a padronização, seja de produtos (Fordismo e Taylorismo) ou de processos (Toyotismo). Isso ajuda a garantir a qualidade e a uniformidade do produto final.
Controle do processo:
Todos os três modelos têm um alto nível de controle sobre o processo produtivo. No Fordismo e Taylorismo, isso se manifesta através do controle rígido da produção e dos trabalhadores, enquanto no Toyotismo o controle é mais flexível e adaptável às demandas do mercado.
Foco no lucro:
Todos os três modelos visam maximizar o lucro da empresa através da produção em larga escala, da redução de custos e do aumento da eficiência.
Embora essas semelhanças existam, é importante lembrar que cada modelo tem suas próprias características distintas e é aplicado de forma diferente dependendo do contexto e da época em que foi desenvolvido.