(UFRRJ) “Dos ricos é e foi fácil, desde a independência, o governo. Os pobres foram soldados, milicianos nacionais, votaram como o patrão mandou, lavraram a terra (...). Os pobres gozaram da gloriosa independência assim como os cavalos que em Chacabuco e Maipu avançaram contra as tropas do rei”.
Santiago Arcos. In: GALEANO, Eduardo. As caras e as máscaras. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
O texto acima apresenta uma visão crítica da América Espanhola, a partir de sua independência política e refere-se ao fato
a) de a independência da América Espanhola ter sido realizada sob a liderança da Inglaterra (“ricos”), tornando os colonos (“pobres”) simples massa de manobra.
b) de os pobres da América Espanhola não serem capazes de compreender o alcance do
processo de independência.
c) de o processo de independência ter sido liderado pelos “criollos”, elite colonial sem
maiores compromissos com a situação dos índios, negros e mestiços.
d) de os pobres da América Espanhola lutarem após a independência por uma revolução
social que acabasse com sua exploração, tendo sido, porém, derrotados.
e) de a independência ter-se dado somente no campo político, já que a Espanha manteve a
dominação econômica sobre as suas antigas colônias