A floresta amazônica funciona como uma bomba d’água, puxando para dentro do continente a umidade evaporada do oceano Atlântico. Propelidas em direção ao oeste pelos ventos alísios, parte das nuvens provenientes da evapotranspiração da floresta precipita-se sobre a encosta leste da Cordilheira dos Andes, abastecendo as cabeceiras dos rios amazônicos. Boa parte desse “rio voador” faz a curva e parte em direção ao sul, para as regiões do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, além de países vizinhos. Estudos promovidos pelo INPA mostraram que uma árvore com copa de 10 metros de diâmetro é capaz de bombear para a atmosfera mais de 300 litros de água, em forma de vapor, em um único dia.
Adaptado de http://riosvoadores.com.br/o-projeto/fenomeno-dos- -rios-voadores/. Acesso em: 08 set. 2017.
Considerando o avanço da atividade agrícola e pecuária sobre a área de floresta amazônica, o impacto esperado é que
a) a produção agrícola do Brasil não seria alterada significativamente, desde que a redução da irrigação natural proveniente do “rio voador” fosse compensada com irrigação artificial, utilizando água proveniente de rios próximos.
b) a produção agrícola brasileira não seria alterada significativamente, pois a evapotranspiração proveniente das áreas de vegetação agrícola compensaria aquela que seria proveniente da vegetação florestal.
c) apenas a produção agrícola da região mais próxima da bacia amazônica seria reduzida, sem interferência na produção de áreas afastadas.
d) a produção agrícola do Brasil seria reduzida, pois comprometeria a irrigação natural de grandes áreas agriculturáveis do país.