“Por volta da metade do século XVIII, durante a dinastia Ching, a peça musical lírica e poética começou a se desenvolver na direção de um novo estilo, acentuando um sentido de realidade e exigindo um palco maior, ‘público’. O imperador Chien Lung (1736-1795) tinha um grande interesse pelas trempes teatrais da China e encontrava tempo, em suas viagens, para visitar os teatros das províncias. Assistia atentamente à atuação, canto e dança dos artistas. Os melhores deles eram então chamados a Pequim.”
BERTHOLD, Margot. História mundial do teatro. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2006.
Um dado correto no que diz respeito à Ópera de Pequim é o fato de que
a) o texto é tratado muito livremente, podendo ser alterado à vontade, às vezes até virando a ação às avessas para agradar ao astro do espetáculo. Da mesma forma, a composição da orquestra varia muito, pois os músicos aderem fortemente à tradição musical local.
b) os elementos cênicos são manipulados de forma realista e, por esse motivo, os bastidores carecem de um número significativo de contrarregras para efetuar as trocas de cenários, que devem ocorrer de forma muito discreta.
c) a Ópera de Pequim combina os dois elementos dominantes do teatro chinês: a perfeição uniforme do conjunto, bem como o desempenho de todo o elenco, que, em parceria, assumem o papel principal do espetáculo.
d) os cenários apresentados durante o espetáculo são grandiosos, fortemente coloridos e destacam, sobretudo, a região onde a história é contada. Nesse sentido, a arquitetura cênica e o gestual dos atores têm forte ligação com o uso de adereços e objetos cenográficos.