A fotografia é uma fonte histórica que demanda por parte do historiador um novo tipo de crítica. [...] Parafraseando Jacques Le Goff, há de se considerar a fotografia simultaneamente como imagem/documento e como imagem/monumento. (MAUAD, Ana Maria. Na mira do olhar: um exercício de análise da fotografia nas revistas ilustradas cariocas, na primeira metade do século XX, 2005.)
A interpretação CORRETA das duas formas de compreensão da fotografia acima expressa é a que compreende:
a) por um lado, a fotografia como uma mensagem significativa que se processa através do tempo, dialogando reiteradamente com os elementos da cultura material do tempo presente e, por outro, como único vestígio impessoal e preciso do passado, dada sua capacidade de registrar o real.
b) por um lado, a fotografia como marca de uma materialidade passada, na qual objetos, pessoas e lugares nos informam sobre determinados aspectos desse passado e, por outro, como um símbolo que, no passado, a sociedade estabeleceu como imagem a ser perenizada para o futuro.
c) por um lado, a fotografia como uma técnica controlada por um restrito grupo de fotógrafos profissionais que manipula aparelhos e tem de produzir o seu próprio material de trabalho e, por outro, como expressão artística, baseada nos mesmos cânones que a pintura.
d) por um lado, a fotografia como uma produção imagética que é historicamente invariável e não possui condicionantes históricos e, por outro, como uma técnica condicionada por escolhas técnicas e estéticas, como enquadramento, iluminação ou definição da imagem.