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Os discursos expressam pontos de vista divergentes respectivamente pela oposição ent...

Responda: Os discursos expressam pontos de vista divergentes respectivamente pela oposição entre


Q674112 | Sociologia, Desigualdades, INEP, INEP, Ensino Médio, 2022

Texto associado.

TEXTO I

A primeira grande lei educacional do Brasil, de 1827, determinava que, nas “escolas de primeiras letras” do Império, meninos e meninas estudassem separados e tivessem currículos diferentes. No Senado, o Visconde de Cayru foi um dos defensores de que o currículo de matemática das garotas fosse o mais enxuto possível. Nas palavras dele, o “belo sexo” não tinha capacidade intelectual para ir muito longe: — Sobre as contas, são bastantes [para as meninas] as quatro espécies, que não estão fora do seu alcance e lhes podem ser de constante uso na vida.

TEXTO II

No Senado, o único a defender publicamente que as meninas tivessem, em matemática, um currículo idêntico ao dos meninos foi o Marquês de Santo Amaro (RJ). Ele argumentou: — Não me parece conforme, às luzes do tempo em que vivemos, deixarmos de facilitar às brasileiras a aquisição desses conhecimentos [mais aprofundados de matemática]. A oposição que se manifesta não pode nascer senão do arraigado e péssimo costume em que estavam os antigos, os quais nem queriam que suas filhas aprendessem a ler.

WESTIN, R. Senado Notícias. Disponível em: www12.senado.leg.br. Acesso em: 20 out. 2021 (adaptado).

Os discursos expressam pontos de vista divergentes respectivamente pela oposição entre

Sumaia Santana
Por Sumaia Santana em 28/10/2024 08:25:29🎓 Equipe Gabarite
Gabarito: Alternativa C
No texto I, O Visconde de Cayru defende a dominação de corpos femininos ao acreditar que as meninas não deveriam ter acesso total ao conhecimento e que o currículo matemático tinha que ser reduzido porque elas não são capazes de absorver os assuntos dessa área do saber. No texto I, o Marquês de Santo Amaro apresentou sua defesa à igualdade humana, argumentando que as meninas deveriam ter acesso ao mesmo currículo matemático que aos meninos, explicando que o contrário não poderia mais ser aceito, em consonância com os avanços da época.