Com a globalização, a noção de tempo-espaço ganhou
novo significado na sociedade contemporânea.
A intimidade pode ser vivida, mesmo à distância,
com a utilização dos recursos disponíveis provenientes
do avanço tecnológico que foi trazido com fenômeno
da tecnologização da mídia globalizada. Por isso
mesmo é que a globalização tem atingido a estrutura
dos nossos pressupostos básicos como um fenômeno
daqui, produzindo alterações substantivas em nossa
maneira de ser, pensar, compreender e explicar o
mundo que nos circunda e as relações necessárias
que nele se estabelecem. Certamente, a variável
globalização e sistema de crença religiosa deve ser
aqui analisada em termos de uma relação geracional.
Nessa relação é possível compreender a natureza
da mudança ocorrida na estrutura ontológica da fé.
Essa estrutura é incorporada cada vez mais no
cotidiano, alterando, positivamente, o turvo
horizonte da vivência humana em que se configura
o complexo mundo da competitividade.
PIRES, A. C. Globalização, desconfessionalização e espiritualidade
evangélica no Brasil: uma análise socioteológica. Estudos
de Religião , v. 24, n. 38, 25-36, jan./jun. 2010 (adaptado).
A partir das considerações do texto, no que diz
respeito à espiritualidade, a globalização
a) ampliou o sistema de crenças religiosas,
uma vez que permitiu reproduzir as mesmas
práticas e cultos religiosos em diferentes
partes do mundo.
b) desenvolveu uma consciência global, que
garantiu a vivência da espiritualidade e o diálogo
inter-religioso.
c) provocou a perda do sentido da espiritualidade,
pois o ser humano passou a se preocupar mais
com problemas concretos da vida.
d) auxiliou no desenvolvimento tecnológico, que
favoreceu a vivência da espiritualidade, pois ela
pode ser cultivada a distância.
e) promoveu o desenvolvimento tecnológico, que
provocou alterações substantivas na maneira
de ser, pensar e de viver a fé.