Oficialmente, os partidos políticos já existem
no Brasil há mais de 160 anos. Nenhum deles,
porém, durou muito tempo.
No Brasil não existem partidos com mais de
cem anos, como é comum em outros países. Sempre
que acontecia alguma grande mudança na política
brasileira, os partidos eram forçados a começar
uma nova história do zero. Foi o que aconteceu, por
exemplo, com o início da República, em 1889, que
acabou com os partidos da época monarquista. Disponível em: <https://plenarinho.leg.br/index.php>. Acesso em: abr. 2018. Adaptado A fragilidade da organização e da composição partidária
brasileira, como sugerida no texto, pode ser identificada
historicamente
a) na composição e ação política dos partidos políticos do
Império, quando Liberais e Conservadores não só se
alternavam no poder, como também, frequentemente,
aprovavam projetos apresentados e defendidos pelos
opositores, a exemplo da Lei do Ventre Livre defendida
pelos Liberais e aprovada pelos Conservadores.
b) na formação do Partido Republicano em 1870, criado,
especificamente, para lutar contra a escravidão e a
imigração de europeus, visto que estava, ideologicamente,
comprometido com os movimentos de identidade e
afirmação dos negros, que se formavam nas cidades
brasileiras.
c) na organização do Partido Integralista Brasileiro, durante
a República Velha, que exigia de seus afiliados a
comprovação de renda mensal superior a 100 mil reis e
a afirmação de rejeitar qualquer fidelidade a confissões
religiosas.
d) no bipartidarismo imposto ao país pela Constituição de
1946, que impedia a livre propaganda e a livre associação
em grupos partidários que se opusessem ao sistema
partidário vigente, a exemplo do Partido Republicano da
Bahia (PRB), do Partido Republicano Mineiro (PRM) e do
Partido Republicano Paulista (PRP).
e) nos conflitos que têm confrontado membros do Partido
dos Trabalhadores (PT) e o Partido dos Ruralistas
(PR) na disputa por apoio de lideranças indígenas e
quilombolas no Oeste do país, onde predominam as
ações paternalistas e assistencialistas praticadas,
indistintamente, pelos dois partidos.