Questões de Vestibular: 2018

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81 Q596114 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
01. me perguntam: quantas palavras
02. uma pessoa sabe? Essa é uma pergunta
03. importante, principalmente para quem ensina
04. línguas estrangeiras. Seria muito útil para
05. quem planeja um curso de francês ou japonês
06. ter uma estimativa de quantas palavras um
07. nativo conhece; e quantas os alunos precisam
08. aprender para usar a língua com certa
09. facilidade. Essas informações seriam preciosas
10. para quem está preparando um manual que
11. inclua, entre outras coisas, um planejamento
12. cuidadoso da introdução gradual de vocabulário.
13. À parte isso, a pergunta tem seu
14. interesse próprio. Uma língua não é apenas
15. composta de palavras: ela inclui também regras
16. gramaticais e um mundo de outros elementos
17. que também precisam ser dominados. Mas as
18. palavras são particularmente numerosas, e é
19. notável como qualquer pessoa, instruída ou
20. não, ........ acesso a esse acervo imenso de
21. informação com facilidade e rapidez. Assim,
22. perguntar quantas palavras uma pessoa sabe
23. é parte do problema geral de o que é que
24. uma pessoa tem em sua mente e que ........
25. permite usar a língua, falando e entendendo.
26. Antes de mais nada, porém, o que é uma
27. palavra? Ora, alguém vai dizer, “todo mundo
28. sabe o que é uma palavra”. Mas não é bem
29. assim. Considere a palavra olho . É muito claro
30. que isso aí é uma palavra – mas será que
31. olhos é a mesma palavra (só que no plural)?
32. Ou será outra palavra?
33. Bom, há razões para responder das duas
34. maneiras: é a mesma palavra, porque significa a
35. mesma coisa (mas com a ideia de plural); e é
36. outra palavra, porque se pronuncia diferentemente
37. (olhos tem um “s” final que olho não tem, além
38. da diferença de timbre das vogais tônicas).
39. Entretanto, a razão principal por que julgamos
40. que olho e olhos sejam a mesma palavra é
41. que a relação entre elas é extremamente
42. regular; ou seja, vale não apenas para esse
43. par, mas para milhares de outros pares de
44. elementos da língua: olho/olhos, orelha/orelhas,
45. gato/gatos, etc. E, semanticamente, a relação
46. é a mesma em todos os pares: a forma sem
47. “s” denota um objeto só, a forma com “s”
48. denota mais de um objeto. Daí se tira uma
49. consequência importante: não é preciso aprender
50. e guardar permanentemente na memória
51. cada caso individual; aprendemos uma regra
52. geral (“faz-se o plural acrescentando um “s” ao
53. singular”), e estamos prontos.
 Adaptado de: PERINI, Mário A. Semântica lexical.
ReVEL, v. 11, n. 20, 2013.
O deslocamento de segmentos de um texto pode ou não afetar as relações de sentido estabelecidas.
Assinale a alternativa em que o deslocamento de segmentos – considerando os ajustes com maiúscula, minúscula
e pontuação – mantém as relações de sentido do parágrafo do texto.

82 Q670483 | História, Vestibular 4 dia UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
Leia o texto abaixo. 
Linguisticamente, a Europa tornou-se o lar dos ‘arianos’, falantes de línguas indo-europeias advindas da Ásia. A Ásia Ocidental, por outro lado, foi o lar dos povos nativos de línguas semitas, um ramo da família afro-asiática que inclui a língua falada pelos judeus, fenícios, árabes, coptas, berberes, e muitos outros do norte da África e Ásia. Foi essa divisão entre arianos e outros, incorporada mais tarde nas doutrinas nazistas, que, na história popular da Europa, tendeu a encorajar o subsequente menosprezo das contribuições do Oriente para o crescimento da civilização. 
GOODY, Jack. O roubo da história. Como os europeus se apropriaram das ideias e invenções do Oriente. São Paulo: Contexto, 2015. p. 38-39. 
Assinale a alternativa que indica a visão de mundo aludida no texto.

83 Q597090 | Português, Interpretação de Textos, UFRGS Vestibular 1 dia UFRGS, UFRGS, UFRGS

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas dos trechos abaixo, adaptados de A hora
da estrela , de Clarice Lispector.
Proponho-me a que não seja complexo o que escreverei, embora obrigado a usar as palavras que vos
sustentam. A história – determino com falso livre-arbítrio – vai ter uns sete personagens e eu sou um
dos mais importantes deles, é claro. Eu, ........ . Relato antigo, este, pois não quero ser modernoso e
inventar modismos à guisa de originalidade. Assim é que experimentarei contra os meus hábitos uma
história com começo, meio e “gran finale” seguido de silêncio e de chuva caindo. [...]
........ trabalhava de operário numa metalúrgica e ela nem notou que ele não se chamava de “operário”
e sim de “metalúrgico”. ........ ficava contente com a posição social dele porque também tinha orgulho
de ser datilógrafa, embora ganhasse menos de um salário mínimo. Mas eles eram alguém no mundo.
“Metalúrgico e datilógrafa” formavam um casal de classe.

84 Q670221 | Geografia, Vestibular UNESPAR, UNESPAR, UNESPAR

Texto associado.
A intensa circulação, tanto de capitais quanto de mercadorias, pessoas e informações, pode ser percebida pela velocidade dos fluxos locais, regionais e globais. 


Os transportes têm um papel central de suporte ao processo de globalização. Sem eles não há globalização. Nesse contexto, as redes de sistemas de transportes têm adquirido, cada vez mais, dimensões continentais, integrando regiões distantes e diferentes territórios. Contudo, é necessário superar algumas dificuldades. Quanto a estas dificuldades a serem superadas, assinale a alternativa CORRETA:

85 Q670473 | Francês, Vestibular UnB, UnB, CESPE CEBRASPE

Texto associado.
    Anne
1 Depuis le 12 mai 2017, la plateforme de vidéo sur
demande Netflix offre les épisodes de la nouvelle adaptation du
roman Anne... la maison aux pignons verts, l’œuvre
4 indémodable de la Canadienne Lucy Maud Montgomery.
Hors des sentiers battus
L’histoire d’Anne... la maison aux pignons verts est
7 bien connue: une orpheline débarque par erreur chez un frère
et une soeur vieillissants, qui verront leurs vies transformées
par cette rouquine à l’imagination fertile et à la langue bien pendue.
10 La minisérie Anne rend bien sûr hommage à cette
œuvre phare de la culture canadienne qui a séduit des millions
de lecteurs à travers le monde. Mais elle s’en détache aussi afin
13 d’explorer davantage les thèmes, à la fois intemporels et très
actuels, que sont l’identité, le féminisme, les préjugés et
l’intimidation. « J’ai l’impression que cette adaptation est
16 totalement différente, a confié la scénariste Moira
Walley-Beckett à une journaliste de CBC¹. On s’éloigne du
livre. Nous en gardons l’essence, son cœur et son âme, les
19 moments emblématiques que tout le monde a très hâte de voir,
mais nous racontons une nouvelle histoire. »

La nouvelle Anne

22 Née en 2001 en Irlande, Amybeth McNulty est loin
d’être totalement étrangère aux racines de son personnage,
puisque sa mère est originaire du Canada. Outre son
25 extraordinaire ressemblance physique avec l’orpheline décrite
par Lucy Maud Montgomery, Amybeth dit aussi partager
plusieurs traits de caractère avec celle-ci. « Elle regarde le
28 monde qui l’entoure avec beaucoup d’affection, et je crois que
je suis comme ça aussi », a confié l’adolescente, qui, tout
comme Anne, est également une amoureuse des livres.
31 Une auteure chevronnée

Aux commandes de la première saison de huit
épisodes, on retrouve la scénariste Moira Walley-Beckett.
34 Cette dernière a travaillé sur plusieurs productions télé, dont la
série américaine tant acclamée Breaking Bad: Le chimiste, et
est également productrice.
¹ CBC Canadian Broadcasting Corporation (en français SRC Société Radio-Canada)
Internet: www tvanouvelles ca (adapté)
À partir du texte présenté, jugez les items de 1 à 10.
C’est en raison de l’origine canadienne de sa mère qu’Amybeth McNulty voit le monde autour d’elle de la même façon que son personnage dans la minisérie.

86 Q596900 | Português, Interpretação de Textos, UFRGS Vestibular 1 dia UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
Leia a crônica Ovo frito, de Rubem Alves (1933-2014).
 Gosto muito de ovo. Ovo frito. Ovo escaldado, com pão torrado. Coisa boba, o fato é que comecei a pensar sobre as razões por que gosto de ovo. Lembrei-me... Meu pai era viajante. Passava a semana fora de casa. Voltava às sextas-feiras, no trem das oito. Noite escura, o trem das oito vinha apitando na curva, resfolegando de cansado, expelindo enxames de vespas vermelhas, chamuscava uma paineira, entrava na reta, passava a dez metros da nossa casa, todos nós estávamos lá, o pai com a cabeça de fora, sorrindo, e todos corríamos para a estação. Ele vinha com fome e sujo. Água quente não havia. Mas não tinha importância. Da leitura do Evangelho havíamos aprendido de Jesus, no lava-pés, que quem está com os pés limpos tem o corpo inteiro limpo. A coisa, então, era lavar os pés. E esse era o costume geral lá em Minas. Minha mãe esquentava água no fogão de lenha, punha numa bacia e eu lavava os pés do meu pai. Depois de limpo, ele se assentava à mesa e o que tinha para comer era sempre a mesma coisa: arroz, feijão, molho de tomate e cebola, ovo frito e pão. Ele me punha assentado ao joelho e comia junto. Ah, como é gostoso comer pão ensopado no molho de tomate, pão lambuzado no amarelo mole do ovo! Era um momento de felicidade. Nunca me esqueci. Acho que quando enfio o pão no amarelo mole do ovo eu volto àquela cena da minha infância. Os poetas, somente os poetas, sabem que um ovo é muito mais que um ovo... 
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre a crônica.
 ( ) Defende a importância de comer ovos.
 ( ) Relata que o trem em que o pai chegava trazia também criadores de vespas.
( ) Mostra que lavar os pés antes das refeições era um hábito importante, quase sagrado. 
 ( ) Apresenta a memória como elemento essencial para a literatura.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

87 Q669898 | Sociologia, Vestibular UNESPAR, UNESPAR, UNESPAR

Texto associado.
O Cordel, gênero literário desenvolvido na região do nordeste, configura-se como instrumento poético que, por meio da rima, da métrica e dos versos, expressa a cultura popular. Nesse sentido, o cordel, sinônimo de poesia, canta e conta histórias de lutas, de amores e, quase sempre, tematiza questões sociais e políticas do país e do mundo.
[...] 
O que vale é a mais-valia 
Disse Marx na teoria 
Da exploração nasce o lucro 
O proletariado é quem sofria 
[...] Marx e Engels já diziam 
No manifesto comunista 
O fim dessas diferenças 
É a sociedade socialista.
Cordel de autoria de Jane Ribeiro Didek. Publicado no livro – Filosofia & Sociologia: reflexões cordelistas, organizado por ALMEIDA, A.C. S; NOVAIS, V.A. NOYAMA, S. SCHNORR, G.M. e publicado pela editora Intersaberes, 2015.
No que compreende o marxismo, é CORRETO afirmar

88 Q670923 | Português, Interpretação de Textos, IF MT Vestibular IF MT, IF MT, IF MT

Texto associado.
Texto IV: base para a questão.
Um homem de consciência
Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o
mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro.
Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E por muito tempo não quis nem sequer o que todos ali
queriam: mudar-se para terra melhor.
Mas João Teodoro acompanhava com aperto de coração o desaparecimento visível de sua Itaoca.
— Isto já foi muito melhor, dizia consigo. Já teve três médicos bem bons - agora só um e bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje
mal dá serviço para um rábula ordinário como o Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui. A gente que presta se muda. Fica o
restolho. Decididamente, a minha Itaoca está acabando...
João Teodoro entrou a incubar a ideia de também mudar-se, mas para isso necessitava dum fato qualquer que o convencesse de
maneira absoluta de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível.
— É isso, deliberou lá por dentro. Quando eu verificar que tudo está perdido, que Itaoca não vale mais nada de nada de nada, então
arrumo a trouxa e boto-me fora daqui.
Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. Nosso homem recebeu a notícia como se fosse uma
porretada no crânio. Delegado, ele! Ele que não era nada, nunca fora nada, não queria ser nada, não se julgava capaz de nada...
Ser delegado numa cidadezinha daquelas é coisa seríssima. Não há cargo mais importante. É o homem que prende os outros, que solta,
que manda dar sovas, que vai à capital falar com o governo. Uma coisa colossal ser delegado - e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de
Itaoca!...
João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando e arrumando as malas. Pela madrugada, botou-as num
burro, montou no seu cavalo magro e partiu.
— Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens?
— Vou-me embora, respondeu o retirante. Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim.
— Mas, como? Agora que você está delegado?
— Justamente por isso. Terra em que João Teodoro chega a delegado, eu não moro. Adeus. E sumiu."
(Monteiro Lobato, CIDADES MORTAS. 12a Edição. São Paulo, Editora Brasiliense, 1965)
As marcas narrativas presentes no texto são características da preponderância do discurso:

89 Q670247 | Química, Vestibular Segundo Semestre IFF, IFF, IFF

O soro caseiro, que serve para combater a desidratação causada por diarreia ou vômito, é uma solução aquosa contendo sal de cozinha (NaCl) e açúcar (C12H22O11). Ele pode ser feito misturando-se 3,5g de sal de cozinha e 20g de açúcar em 1L de água. Em relação ao soro caseiro, assinale a alternativa CORRETA: Dados: Coeficiente de Solubilidade do NaCl: 36g NaCl/100mL de água a 20°C; Coeficiente de Solubilidade do C12H22O11: 33g C12H22O11/100mL de água a 20°C. 

90 Q668427 | Atualidades, Vestibular ENEM, ENEM, INEP

Texto associado.
Em Beirute, no Líbano, quando perguntado sobre onde se encontram os refugiados sírios, a resposta do homem é imediata: “em todos os lugares e em lugar nenhum”. Andando ao acaso, não é raro ver, sob um prédio ou num canto de calçada, ao abrigo do vento, uma família refugiada em volta de uma refeição frugal posta sobre jornais como se fossem guardanapos. Também se vê de vez em quando uma tenda com a sigla ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), erguida em um dos raros terrenos vagos da capital.
JABER, H. Quem realmente acolhe os refugiados? Le Monde Diplomatique Brasil, out. 2015 (adaptado)
O cenário descrito aponta para uma crise humanitária que é explicada pelo processo de
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