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Questões de Vestibular: CESPE

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Texto associado.
O termo biopic é utilizado para denominar um filme que
dramatiza, em graus variados de exatidão histórica, a vida de
alguma personalidade real importante. Na história do cinema,
sobejam exemplos de biopics de músicos famosos, de contextos dos
mais variados. Exemplos de cinebiografias de músicos clássicos
incluem Amadeus (1984), que relata aspectos da vida do
compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart, supostamente
contada por seu contemporâneo Antonio Salieri; Immortal Beloved
(Minha amada imortal, 1994), um retrato bem elaborado da
personalidade de Ludwig van Beethoven, a partir de uma carta de
amor escrita pelo compositor e encontrada após sua morte; e Coco
Chanel e Igor Stravinsky (2010), que conta a relação entre a
famosa estilista francesa e o consagrado compositor russo. No
cinema brasileiro, várias produções se baseiam na vida de músicos
populares, como Os dois filhos de Francisco (2005), sobre a
trajetória da dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano; Gonzaga:
de pai para filho (2012), uma cinebiografia do rei do baião, Luís
Gonzaga, que destaca o relacionamento conturbado do cantor com
seu filho, o cantor e compositor Gonzaguinha; e Elis (2016), que
retrata a carreira artística de Elis Regina, uma das maiores vozes da
música brasileira.
Com relação às personalidades da música mencionadas no texto
precedente, bem como aos diversos aspectos relacionados às
informações nele contidas, julgue os itens seguintes.
Stravinsky é considerado um dos maiores compositores do gênero do balé do século passado.
Texto associado.
Bons dias!
1 Eu pertenço a uma família de profetas après coup,
post factum, depois do gato morto, ou como melhor nome
tenha em holandês. Por isso digo, e juro se necessário for, que
4 toda a história desta lei de 13 de maio estava por mim prevista,
tanto que na segunda-feira, antes mesmo dos debates, tratei de
alforriar um molecote que tinha, pessoa de seus dezoito anos,
7 mais ou menos. Alforriá-lo era nada; entendi que, perdido por
mil, perdido por mil e quinhentos, e dei um jantar.
(...)
10 No golpe do meio (coup du milieu, mas eu prefiro
falar a minha língua), levantei-me eu com a taça de champanha
e declarei que acompanhando as ideias pregadas por Cristo, há
13 dezoito séculos, restituía a liberdade ao meu escravo Pancrácio;
que entendia que a nação inteira devia acompanhar as mesmas
ideias e imitar o meu exemplo; finalmente, que a liberdade era
16 um dom de Deus, que os homens não podiam roubar sem pecado.
Pancrácio, que estava à espreita, entrou na sala, como
um furacão, e veio abraçar-me os pés.
19 (...)
No dia seguinte, chamei o Pancrácio e disse-lhe com
rara franqueza:
22 — Tu és livre, podes ir para onde quiseres. Aqui tens
casa amiga, já conhecida, e tens mais um ordenado, um
ordenado que...
25 — Oh! Meu senhô! Fico.
— ...Um ordenado pequeno, mas que há de crescer.
Tudo cresce neste mundo; tu cresceste imensamente. Quando
28 nasceste, eras um pirralho deste tamanho; hoje estás mais alto
que eu. Deixa ver; olha, és mais alto quatro dedos...
— Artura não qué dizê nada, não, senhô...
31 — Pequeno ordenado, repito, uns seis mil-réis; mas é
de grão em grão que a galinha enche o seu papo. Tu vales
muito mais que uma galinha.
34 — Justamente. Pois seis mil-réis. No fim de um ano,
se andares bem, conta com oito. Oito ou sete.
Pancrácio aceitou tudo; aceitou até um peteleco que
37 lhe dei no dia seguinte, por me não escovar bem as botas;
efeitos da liberdade. Mas eu expliquei-lhe que o peteleco,
sendo um impulso natural, não podia anular o direito civil
40 adquirido por um título que lhe dei. Ele continuava livre, eu de
mau humor; eram dois estados naturais, quase divinos.
Boas noites.
Machado de Assis. Obra completa. Vol. III. 3.ª ed.
Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973, p. 489-91.
Tendo como referência o fragmento acima, da crônica Bons dias!,de Machado de Assis, julgue o item.
O narrador do texto emprega termos em língua estrangeira com o intuito de simular pertencimento a um estrato social de elite de que não faz parte, como fica evidente na apresentação de sua relação com o alforriado Pancrácio.
Texto associado.
Páginas sem glória
1 A história maior, incluindo a esportiva, não precisa de
mais testemunhos, pois aí estão, documentando-a, para além do
boca a boca entre gerações, os arquivos todos, os livros e as
4 revistas ilustradas, os filmes e depois os vídeos, os jornais
microfilmados nas bibliotecas públicas, os DVDs e a Internet.
Mas a história dita menor, quem a documentará? Quanta coisa
7 digna de registro não se carrega para o túmulo: imagens e
sensações inesquecíveis, conhecimentos adquiridos depois de
longa observação e aprendizado, grandes ideias, sentimentos
10 fundos que nunca foram passados para o papel? No futebol,
quantas jogadas espetaculares ou de fina técnica, executadas
em treinos, partidas preliminares ou até na várzea, para uma
13 plateia ínfima, embora muitas vezes seleta naquele campo
específico do saber?
(...)
16 Quanto a meu irmão e eu, estávamos em uma idade
em que (...) a mente, não estando entupida com o entulho da
vida adulta, arquiva o verdadeiramente memorável no detalhe
19 e no conjunto, ainda que o tempo tenha vindo a transformá-lo
em uma substância mítica e estilizada, jogadas feitas agora de
palavras, mas que me permitem apresentar aos aficionados
22 alguns poucos desses lances, sem muita preocupação com a
cronologia, apenas para que se possa ter noção da coisa.
Sérgio Sant’Anna. Páginas sem glória. São Paulo:
Companhia das Letras, 2012, p. 107-8 (com adaptações).
Considerando o fragmento da novela Páginas sem glória, do escritor brasileiro Sérgio Sant’Anna, julgue o item seguinte.
O narrador do texto recorre a lembranças da infância para recuperar o que considera ser “verdadeiramente memorável no detalhe e no conjunto” (R. 18 e 19), por meio da recriação de jogadas em linguagem escrita, assumindo que não pretende exprimir-se com sinceridade.
Texto associado.
O termo biopic é utilizado para denominar um filme que
dramatiza, em graus variados de exatidão histórica, a vida de
alguma personalidade real importante. Na história do cinema,
sobejam exemplos de biopics de músicos famosos, de contextos dos
mais variados. Exemplos de cinebiografias de músicos clássicos
incluem Amadeus (1984), que relata aspectos da vida do
compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart, supostamente
contada por seu contemporâneo Antonio Salieri; Immortal Beloved
(Minha amada imortal, 1994), um retrato bem elaborado da
personalidade de Ludwig van Beethoven, a partir de uma carta de
amor escrita pelo compositor e encontrada após sua morte; e Coco
Chanel e Igor Stravinsky (2010), que conta a relação entre a
famosa estilista francesa e o consagrado compositor russo. No
cinema brasileiro, várias produções se baseiam na vida de músicos
populares, como Os dois filhos de Francisco (2005), sobre a
trajetória da dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano; Gonzaga:
de pai para filho (2012), uma cinebiografia do rei do baião, Luís
Gonzaga, que destaca o relacionamento conturbado do cantor com
seu filho, o cantor e compositor Gonzaguinha; e Elis (2016), que
retrata a carreira artística de Elis Regina, uma das maiores vozes da
música brasileira.
Com relação às personalidades da música mencionadas no texto
precedente, bem como aos diversos aspectos relacionados às
informações nele contidas, julgue os itens seguintes.
Em comparação a Beethoven, Mozart compôs mais sinfonias, mais concertos para piano e mais óperas, apesar de sua vida ter sido significativamente mais breve que a do músico alemão.
Texto associado.
Bons dias!
1 Eu pertenço a uma família de profetas après coup,
post factum, depois do gato morto, ou como melhor nome
tenha em holandês. Por isso digo, e juro se necessário for, que
4 toda a história desta lei de 13 de maio estava por mim prevista,
tanto que na segunda-feira, antes mesmo dos debates, tratei de
alforriar um molecote que tinha, pessoa de seus dezoito anos,
7 mais ou menos. Alforriá-lo era nada; entendi que, perdido por
mil, perdido por mil e quinhentos, e dei um jantar.
(...)
10 No golpe do meio (coup du milieu, mas eu prefiro
falar a minha língua), levantei-me eu com a taça de champanha
e declarei que acompanhando as ideias pregadas por Cristo, há
13 dezoito séculos, restituía a liberdade ao meu escravo Pancrácio;
que entendia que a nação inteira devia acompanhar as mesmas
ideias e imitar o meu exemplo; finalmente, que a liberdade era
16 um dom de Deus, que os homens não podiam roubar sem pecado.
Pancrácio, que estava à espreita, entrou na sala, como
um furacão, e veio abraçar-me os pés.
19 (...)
No dia seguinte, chamei o Pancrácio e disse-lhe com
rara franqueza:
22 — Tu és livre, podes ir para onde quiseres. Aqui tens
casa amiga, já conhecida, e tens mais um ordenado, um
ordenado que...
25 — Oh! Meu senhô! Fico.
— ...Um ordenado pequeno, mas que há de crescer.
Tudo cresce neste mundo; tu cresceste imensamente. Quando
28 nasceste, eras um pirralho deste tamanho; hoje estás mais alto
que eu. Deixa ver; olha, és mais alto quatro dedos...
— Artura não qué dizê nada, não, senhô...
31 — Pequeno ordenado, repito, uns seis mil-réis; mas é
de grão em grão que a galinha enche o seu papo. Tu vales
muito mais que uma galinha.
34 — Justamente. Pois seis mil-réis. No fim de um ano,
se andares bem, conta com oito. Oito ou sete.
Pancrácio aceitou tudo; aceitou até um peteleco que
37 lhe dei no dia seguinte, por me não escovar bem as botas;
efeitos da liberdade. Mas eu expliquei-lhe que o peteleco,
sendo um impulso natural, não podia anular o direito civil
40 adquirido por um título que lhe dei. Ele continuava livre, eu de
mau humor; eram dois estados naturais, quase divinos.
Boas noites.
Machado de Assis. Obra completa. Vol. III. 3.ª ed.
Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973, p. 489-91.
Tendo como referência o fragmento acima, da crônica Bons dias!,de Machado de Assis, julgue o item.
A crônica de Machado de Assis constrói uma cena ficcional para elaborar comentário sobre fato político da época.
Texto associado.
        O termo biopic é utilizado para denominar um filme que
dramatiza, em graus variados de exatidão histórica, a vida de
alguma personalidade real importante. Na história do cinema,
sobejam exemplos de biopics de músicos famosos, de contextos dos
mais variados. Exemplos de cinebiografias de músicos clássicos
incluem Amadeus (1984), que relata aspectos da vida do
compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart, supostamente
contada por seu contemporâneo Antonio Salieri; Immortal Beloved
(Minha amada imortal, 1994), um retrato bem elaborado da
personalidade de Ludwig van Beethoven, a partir de uma carta de
amor escrita pelo compositor e encontrada após sua morte; e Coco
Chanel e Igor Stravinsky (2010), que conta a relação entre a
famosa estilista francesa e o consagrado compositor russo. No
cinema brasileiro, várias produções se baseiam na vida de músicos
populares, como Os dois filhos de Francisco (2005), sobre a
trajetória da dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano; Gonzaga:
de pai para filho (2012), uma cinebiografia do rei do baião, Luís
Gonzaga, que destaca o relacionamento conturbado do cantor com
seu filho, o cantor e compositor Gonzaguinha; e Elis (2016), que
retrata a carreira artística de Elis Regina, uma das maiores vozes da
música brasileira.
Com relação às personalidades da música mencionadas no texto
precedente, bem como aos diversos aspectos relacionados às
informações nele contidas, julgue os itens seguintes.
Embora tenha sido propagada inicialmente por uma série de duplas de cantores, a música sertaneja abandonou gradativamente o formato de duplas em favor de cantores solistas e de outras formações vocais.
Texto associado.
TEXTO
1 Mais do que nunca, compositores estão se dedicando
à tarefa de derrubar os muros das categorias estilísticas. Nesse
sentido, misturar ópera com musicais da Broadway parece ser
4 de longe a combinação mais natural. Em algumas áreas, a fusão
de tipos diferentes de música é um empreendimento
potencialmente criativo e libertador. No entanto, os criadores
7 nas áreas de teatro musical e ópera se sairão melhor
mantendo-se em seus territórios originais. A razão pela qual as
tentativas de combinar ópera e teatro musical são propensas a
10 problemas é que esses gêneros, de fato, se relacionam de uma
forma desconfortavelmente íntima. Mas as diferenças, embora
pequenas, são cruciais. A ópera não é, por definição, uma
13 forma mais elevada. A distinção tampouco se baseia em
complexidade musical. Esta é a diferença: embora ambos os
gêneros busquem combinar palavras e música de forma
16 dinâmica, aprazível e artística, na ópera, a música é a força
motora, enquanto, no teatro musical, as palavras vêm em
primeiro lugar.
Anthony Tommasini. Opera? Musical? Please, respect the
difference. In: New York Times, 7/7/2011 (tradução livre).
A partir do fragmento de texto apresentado, julgue o item que se segue.
O autor do texto posiciona-se contrariamente à derrubada dos “muros das categorias estilísticas” (R.2) e à “fusão de tipos diferentes de música” (R. 4 e 5).
Texto associado.
Coco Chanel e Igor Stravinsky retrata a relação do
compositor russo e do ícone da moda Coco Chanel. Suas roupas
vestiram grandes atrizes de Hollywood, e seu estilo ditava moda em
todo o mundo. Os seus tailleurs são referência até hoje. Além de
confecções, desenvolveu perfumes com sua marca. Em 1921, criou
o perfume que iria convertê-la em uma grande celebridade, o
Chanel Nº 5. Chanel e Stravinsky viveram um intenso romance
quando ele, após a Revolução Russa, se exilou na França. A vida da
estilista foi retratada no filme Coco antes de Chanel.
Considerando os múltiplos aspectos suscitados pelo texto anterior,
julgue os itens que se seguem.
A cadeia produtiva da moda globalizada revela aspectos geográficos desiguais: enquanto as grandes marcas controladas por corporações transnacionais com sede em países ricos ditam o que será tendência na próxima estação e controlam os lucros dessa indústria, há diversas denúncias quanto à exploração de mão de obra infantil, sobretudo nos países subdesenvolvidos onde essas empresas terceirizam o trabalho ou instalam as suas fábricas.
Texto associado.
As Jornadas de Junho de 2013 pareciam um enigma. Nem a alta do dólar ou o aumento da inflação podiam ser o motivo decisivo das revoltas. Ao contrário, a perplexidade adveio da manifestação puramente política, ainda que detonada pelos aumentos de tarifas de transporte público. De um lado, a pauta popular, organizada de baixo para cima nos primeiros dias, na qual era central a questão da tarifa de transporte. De outro, uma pauta que veio de cima para baixo. Esta era a pauta de massa. A questão aqui não é o conteúdo, mas a forma, ou seja, o que importa é como a “vanguarda” interpela os demais. A linguagem de cima é apelativa como a publicidade. A de baixo assemelha-se ao jogral. A pauta massificada nasce de baixo apenas aparentemente. Em um universo de simulacros desprendidos de suas bases, em que os indivíduos relacionam-se diretamente sem mediações visíveis, os manifestantes virtuais não canalizam seu descontentamento pela representação política. Assim, ela se reduz a uma crítica generalizada dos próprios políticos profissionais, mas não do modo de produção da política.
Lincoln Secco. As jornadas de junho. In: VV. AA. Cidades rebeldes. Passe livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. São Paulo: Boitempo/Carta Maior, 2013, p. 71-8 (com adaptações).
Acerca do tema do texto acima e de aspectos a ele correlacionados, julgue o próximo item.
Conforme o texto, mesmo com o uso cada vez mais generalizado de novas tecnologias, preservam-se os espaços de formas presenciais e até mesmo lúdicas de manifestação.
Texto associado.
TEXTO
1 Em 2017, completam-se 500 anos desde que o alemão
Martinho Lutero (1483-1546) desencadeou uma revolução
religiosa. A jornalista Miriam Leitão, filha de um pastor
4 presbiteriano, escreveu: “Como em toda revolução, o ato inicial
da Reforma Protestante foi feito sem que o padre e professor
Martinho Lutero tivesse a noção da dimensão das
7 transformações das quais aquele momento seria o marco
inaugural. Ele queria o debate. E, por isso, afixou suas 95 teses
na porta da Igreja de Wittenberg, em um texto em que
10 convidava quem não pudesse estar presente a apresentar suas
ideias por escrito. Suas teses eram curtas, mas profundas.
Como a de número 76: ‘As indulgências papais não podem
13 anular sequer o menor dos pecados veniais’. Foi o começo do
fim de uma era.”.
O Globo, 1.o/1/2017, p. 13 (com adaptações).
Considerando o trecho de texto precedente, julgue o item.
Infere-se do trecho ‘Suas teses eram curtas, mas profundas’ (R.11) a existência do pressuposto de que teses profundas não costumam ser curtas.