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Questões de Vestibular: PUC RS

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Texto associado.

O excerto a seguir apresenta alguns dos efeitos de um conjunto de medidas econômicas implementadas no Brasil no século passado.

“De fato, nesta época, o país conseguiu crescer exponencialmente, cerca de 10% ao ano, e atingiu, em 1973, uma marca recorde do Produto Interno Bruto (PIB), que aumentou 14%. O avanço veio acompanhado também de uma forte queda de inflação. A taxa, medida na época pelo Índice Geral de Preço (IGP), caiu de 25,5% para 15,6% no período. O que não se explica diante desse número, entretanto, é o fato de o crescimento ter sido muito bom para empresários, e ruim para os trabalhadores. Para que o plano de crescimento funcionasse, os militares resolveram conter os salários, mudando a fórmula que previa o reajuste da remuneração pela inflação, o que levou a perdas reais para os trabalhadores.”

Extraído de: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/29/economia/1506721812_344807.html#?rel=lom

Com base no excerto, o fenômeno de significativo crescimento econômico ficou conhecido como

Texto associado.

Os textos a seguir caracterizam dois biomas brasileiros. 

Texto 1

No contexto da disponibilidade de água através da precipitação, destaca-se a questão do déficit hídrico na maior parte da área abrangida pelo bioma. O clima na região varia do superúmido (com pluviosidade em torno de 2 000 mm/ano), num pequeno trecho, até o semiárido, em área maior, com pluviosidade entre 300-500 mm/ano e chuvas restritas a poucos meses durante o ano.

Extraído de https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv97884_cap7.pdf


Texto 2

Todos os habitantes do(a) [-----] têm suas vidas marcadas pelo eterno ciclo das águas, desde o dourado, um peixe de escamas, até o ribeirinho. O início do período chuvoso ocorre, geralmente, de outubro a março com precipitação média de 1200 mm a 1400 mm e a estação de seca, entre abril e setembro. O ciclo hidrológico e a dinâmica hídrica do bioma são condicionantes importantes que garantem a alta biodiversidade e possibilitam o funcionamento ecológico de toda região.

Extraído de: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv97884_cap7.pdf

Os textos 1 e 2 descrevem, respectivamente, a _________ e o(a) _________.

“O processo de arenização está localizado no sudoeste do Rio Grande do Sul, a partir do meridiano de 54º em direção oeste até a fronteira com a Argentina e a República Oriental do Uruguai, sendo constituída pelos municípios de Alegrete, Cacequi, Itaqui, Maçambará, Manuel Viana, Quaraí, Rosário do Sul, São Borja, São Francisco de Assis e Unistalda. Este processo ocupa larga faixa da região, sendo que a degradação do solo nesta área apresenta-se sob a forma de areais (Suertegaray, 2001).” 

Adaptado de: http://lsie.unb.br/ugb/sinageo/6/10/411.pdf

Em relação à geologia do Rio Grande do Sul, é correto afirmar que a área dos municípios destacados no excerto se encontra sobre afloramentos de

Texto associado.

O avanço da globalização, desde o final dos anos de 1980, modificou as relações políticas, econômicas e culturais dos diversos países do globo, ainda que em escalas distintas. Ao mesmo tempo, promoveu reações de grupos transnacionais contrários às consequências provocadas pelas suas rápidas transformações. Dentre os críticos à globalização, está o evento do Fórum Social Mundial, promovido por entidades não-governamentais e movimentos sociais, cuja primeira edição ocorreu em 2001, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

http://laps.ensp.fiocruz.br/linha-do-tempo/84

Sobre o Fórum Social Mundial, afirma-se que

I. é crítico ao consumismo, à desregulamentação da economia pelo Estado e às medidas de austeridade impostas dentro da lógica neoliberal.
II. propõe o desenvolvimento econômico sustentável, a valorização das minorias e a construção de uma sociedade mais equitativa na distribuição dos recursos disponíveis.
III. nasce em oposição ao Fórum Econômico Mundial de Davos, propondo um modelo econômico que associe políticas neoliberais a políticas de proteção social.
IV. propõe o modelo de gestão através do Estado-mínimo, apresentando-se como um evento de partidos e governos de esquerda que defendem o controle político do Estado pelos partidos de esquerda tanto na Europa quanto na América Latina.

Estão corretas apenas as afirmativas

A cultura da juventude é um dos fenômenos mais interessantes dos últimos quarenta anos do século XX. A juventude passou a ser associada a duas ideias centrais da modernidade: primeiro, à ideia de que representava a novidade; segundo, à ideia de que a novidade era melhor do que aquilo que até então havia sido experimentado. A partir do final dos anos de 1960, é formada toda uma cultura jovem urbana, que compartilhava valores, formas de se vestir, práticas de lazer e gostos. Esse fenômeno está diretamente associado à expansão da indústria cultural de massas, com a hegemonia esmagadora do American Way of Life e o poderio econômico, político e cultural dos EUA no pós-guerra. São exemplos dessa nova cultura jovem nas sociedades urbanas Ocidentais da década de 1960:

A separação do mundo em dois espaços geográficos bem definidos e radicalmente distintos, o Ocidente e o Oriente, foi uma ação também realizada por intelectuais e cientistas europeus, especialmente, durante o processo de colonização dos povos africanos e asiáticos no século XIX. A partir de então, construiu-se, segundo Edward Said, um imperialismo que não é exclusivamente econômico e político, mas também cultural. Para a estética cultural imperialista, afirma-se que

I. intelectuais e cientistas europeus definem o Oriente a partir do olhar da cultura ocidental.
II. o conhecimento científico do século XIX considera a pluralidade dos saberes e povos, incluindo as tradições não-escritas.
III. o Ocidente e o Oriente são considerados como blocos antagônicos e homogêneos.
IV. a neutralidade do conhecimento científico é defendida, embora esse pensamento esteja alicerçado na crença da superioridade europeia sobre os demais povos.

Estão corretas as afirmativas

Texto associado.

INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto a seguir, que consiste no trecho inicial do conto Conversa de bois, que integra o livro Sagarana (1946), de João Guimarães Rosa (1908-1967). 

  Que já houve um tempo em que eles conversavam, entre si e com os homens, é certo e indiscutível, pois que bem comprovado nos livros das fadas carochas. Mas, hoje-em-dia, agora, agorinha mesmo, aqui, aí, ali e em toda a parte, poderão os bichos falar e serem entendidos, por você, por mim, por todo o mundo, por qualquer um filho de Deus?!
    – Falam, sim senhor, falam!... – afirma o Manuel Timborna, das Porteirinhas, – filho do Timborna velho, pegador de passarinhos, e pai dessa infinidade de Timborninhas barrigudos, que arrastam calças compridas e simulam todos o mesmo tamanho, a mesma idade e o mesmo bom-parecer; – Manuel Timborna, que, em vez de caçar serviço para fazer, vive falando invenções só lá dele mesmo, coisas que as outras pessoas não sabem e nem querem escutar.
    – Pode ser que seja, Timborna. Isso não é de hoje: ... “Visa sub obscurum noctis pecudesque locutae. Infandum!...” Mas, e os bois? Os bois também?...
   – Ora, ora!... Esses é que são os mais!... Boi fala o tempo todo. Eu até posso contar um caso acontecido que se deu.
   – Só se eu tiver licença de recontar diferente, enfeitado e acrescentado ponto e pouco...
    – Feito! Eu acho que assim até fica mais merecido, que não seja.
   E começou o caso, na encruzilhada da Ibiúva, logo após a cava do Mata-Quatro, onde, com a palhada de milho e o algodoal do pompons frouxos, se truncam as derradeiras roças da Fazenda dos Caetanos e o mato de terra ruim começa dos dois lados; ali, uma irara rolava e rodopiava, acabando de tomar banho de sol e poeira – o primeiro dos quatro ou cinco que ela saracoteia cada manhã.

GUIMARÃES ROSA, João. Sagarana. Rio de Janeiro; São Paulo:
Record, 1984. p. 303-304.

A respeito do trecho selecionado e da obra de Guimarães Rosa, assinale a alternativa correta:

Texto associado.

O texto a seguir consiste no trecho inicial do conto Além do ponto, que integra o livro Morangos Mofados (1982), de Caio Fernando Abreu (1948-1996).  

     Chovia, chovia, chovia e eu ia indo por dentro da chuva ao encontro dele, sem guarda-chuva nem nada, eu sempre perdia todos pelos bares, só uma garrafa de conhaque barato apertada contra o peito, parece falso dito desse jeito, mas bem assim eu ia no meio da chuva, uma garrafa de conhaque e um maço de cigarros molhados no bolso. Teve uma hora que eu podia ter tomado um táxi, mas não era muito longe, e se eu tomasse o táxi não poderia comprar cigarros nem conhaque, e eu pensei com força que seria melhor chegar molhado, porque então beberíamos o conhaque, fazia frio, nem tanto frio, mais umidade que entrava pelo pano das roupas, pela sola fina dos sapatos, e fumaríamos beberíamos sem medidas, haveria discos, sempre aquelas vozes roucas, aquele sax gemido e o olho dele posto em cima de mim, ducha morna distendendo meus músculos. Mas chovia ainda, meus olhos ardiam de frio e o nariz começava a escorrer, eu limpava com as costas da mão e o líquido do nariz endurecia logo sobre os pelos, eu enfiava as mãos avermelhadas nos bolsos e ia indo, eu ia indo pulando as poças d’água com as pernas geladas.
ABREU, Caio Fernando. Morangos Mofados. São Paulo: Brasiliense, 1982. p. 34.

Sobre o trecho, assinale a alternativa correta:

Texto associado.

INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto a seguir, que consiste no trecho inicial do conto Conversa de bois, que integra o livro Sagarana (1946), de João Guimarães Rosa (1908-1967). 

  Que já houve um tempo em que eles conversavam, entre si e com os homens, é certo e indiscutível, pois que bem comprovado nos livros das fadas carochas. Mas, hoje-em-dia, agora, agorinha mesmo, aqui, aí, ali e em toda a parte, poderão os bichos falar e serem entendidos, por você, por mim, por todo o mundo, por qualquer um filho de Deus?!
    – Falam, sim senhor, falam!... – afirma o Manuel Timborna, das Porteirinhas, – filho do Timborna velho, pegador de passarinhos, e pai dessa infinidade de Timborninhas barrigudos, que arrastam calças compridas e simulam todos o mesmo tamanho, a mesma idade e o mesmo bom-parecer; – Manuel Timborna, que, em vez de caçar serviço para fazer, vive falando invenções só lá dele mesmo, coisas que as outras pessoas não sabem e nem querem escutar.
    – Pode ser que seja, Timborna. Isso não é de hoje: ... “Visa sub obscurum noctis pecudesque locutae. Infandum!...” Mas, e os bois? Os bois também?...
   – Ora, ora!... Esses é que são os mais!... Boi fala o tempo todo. Eu até posso contar um caso acontecido que se deu.
   – Só se eu tiver licença de recontar diferente, enfeitado e acrescentado ponto e pouco...
    – Feito! Eu acho que assim até fica mais merecido, que não seja.
   E começou o caso, na encruzilhada da Ibiúva, logo após a cava do Mata-Quatro, onde, com a palhada de milho e o algodoal do pompons frouxos, se truncam as derradeiras roças da Fazenda dos Caetanos e o mato de terra ruim começa dos dois lados; ali, uma irara rolava e rodopiava, acabando de tomar banho de sol e poeira – o primeiro dos quatro ou cinco que ela saracoteia cada manhã.

GUIMARÃES ROSA, João. Sagarana. Rio de Janeiro; São Paulo:
Record, 1984. p. 303-304.

No trecho apresentado, registra-se o encontro entre dois universos contrastantes: o ________, na figura ________, que representa um cenário ________; e o ________, na figura ________, que representa um cenário ________.

Texto associado.

O poema a seguir integra o livro Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade (1927), de Oswald de Andrade (1890-1954). 
 

Meus oito anos
Oh que saudades que eu tenho Da aurora de minha vida Das horas De minha infância Que os anos não trazem mais Naquele quintal de terra Da Rua de Santo Antônio Debaixo da bananeira Sem nenhum laranjais
Eu tinha doces visões Da cocaína da infância Nos banhos de astro-rei Do quintal de minha ânsia A cidade progredia Em roda de minha casa Que os anos não trazem mais Debaixo da bananeira Sem nenhum laranjais

ANDRADE, Oswald de. Caderno de poesia do aluno Oswald (Poesias reunidas). São Paulo: Círculo do Livro, 1985. p. 158-159.

Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmações a respeito do poema e de seu autor.
( ) O poema de Oswald de Andrade faz uma releitura, em tom de paródia, do poema homônimo de Casimiro de Abreu, poeta romântico.
( ) A agramaticalidade do verso “Sem nenhum laranjais” relaciona-se com o projeto modernista brasileiro, que considerava o coloquialismo e a fala popular, entre outros elementos, como contribuições importantes para a construção de uma língua e uma literatura genuinamente brasileiras.
( ) A oposição entre o “quintal de terra/ Da Rua de Santo Antônio” e a cidade que “progredia/ Em roda de minha casa” assinala o processo de migração do campo para a cidade, antecipando uma temática que será recorrente no Romance de 30.

O correto preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é