Questões de Vestibular: Códigos e Linguagens e Matemática

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11 Q682176 | Português, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Códigos e Linguagens e Matemática, INSPER, VUNESP

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27 de janeiro

África


Nas minhas andanças, fui parar na África e lá conversei com aqueles homens da Unesco, os bons, não os burocratas. Um deles me disse: “Cada vez que morre um velho africano é uma biblioteca que se incendeia.”

Fiquei pensando no nosso índio. Pensando na Amazônia. Índio, escritor e árvore — as três espécies em processo de extinção. Condenadas ao aniquilamento, o índio principalmente. Será que antes de chegarmos à solução final do nosso problema indígena teremos tempo de captar um pouco da sua arte e de sua vida, nas quais o sagrado e a beleza se confundem para alimentar nossa cultura e nosso remorso?

(Lygia Fagundes Telles. A disciplina do amor, 1980.)

Em “Será que antes de chegarmos à solução final do nosso problema indígena teremos tempo de captar um pouco da sua arte e de sua vida, nas quais o sagrado e a beleza se confundem para alimentar nossa cultura e nosso remorso?” (2º parágrafo), o termo sublinhado refere-se a

12 Q682168 | Português, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Códigos e Linguagens e Matemática, INSPER, VUNESP

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Na quinta-feira, os três [Jorge, Sebastião e Julião], que se tinham encontrado na casa Havanesa, eram introduzidos por uma rapariguita vesga, suja como um esfregão, na sala do Conselheiro. Um vasto canapé1 de damasco amarelo ocupava a parede do fundo, tendo aos pés um tapete onde um chileno roxo caçava ao laço um búfalo cor de chocolate; por cima uma pintura tratada a tons cor de carne, e cheia de corpos nus cobertos de capacetes, representava o valente Aquiles arrastando Heitor em torno dos muros de Troia. Um piano de cauda, mudo e triste sob a sua capa de baeta2 verde, enchia o intervalo das duas janelas. Sobre uma mesa de jogo, entre dois castiçais de prata, uma galguinha3 de vidro transparente galopava; e o objeto em que se sentia mais o calor do uso era uma caixa de música de dezoito peças!

(Eça de Queirós. O primo Basílio, 1993.)


1 canapé: espécie de sofá com encosto e braços.

2 baeta: tecido de lã ou algodão, de textura felpuda, com pelo em ambas as faces.

3 galguinha: referente à raça de cães altos, esguios e de pelagem curta.

As descrições nas passagens “suja como um esfregão” e “o objeto em que se sentia mais o calor do uso” indicam, respectivamente, que:

13 Q682177 | Matemática, Códigos e Linguagens e Matemática, INSPER, VUNESP

De acordo com a World Wide Fund for Nature (WWF), em 2016, o Brasil foi o quarto maior gerador de resíduos plásticos do mundo. A maior parte desses resíduos foi coletada pelo serviço de limpeza urbana, sendo que 145 mil toneladas de resíduos plásticos foram encaminhadas para reciclagem.

Dado que a quantidade de resíduos plásticos encaminhada para a reciclagem corresponde a 1,28% do total de resíduos plásticos gerados no país, o total desses resíduos gerados é um valor entre

14 Q682178 | Matemática, Códigos e Linguagens e Matemática, INSPER, VUNESP

Um novo capítulo na história do café na Amazônia pode estar se abrindo este ano, com o lançamento pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) das 10 primeiras cultivares híbridas da espécie canéfora (Coffea canephora).

De acordo com o agrônomo Alexsandro Teixeira, as novas cultivares têm produtividade média de 80 sacas por hectare (ha) — com irrigação, essa média é de 100 sacas/ha. Hoje, a média do estado de Rondônia gira em torno de 30 sacas/ha.

(Renata Silva. “O café da floresta”.

https://revistapesquisa.fapesp.br, agosto de 2019. Adaptado.)


Atualmente, o estado de Rondônia tem uma área plantada com a espécie canéfora estimada em 72 mil hectares. Se 40% dessa área for substituída por cultivares híbridas, utilizando irrigação, e o restante permanecer produzindo a média atual, espera-se que a produção média total por hectare seja de

15 Q682162 | Português, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Códigos e Linguagens e Matemática, INSPER, VUNESP

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Os pais dos burros


Uma das coisas de que mais sinto falta nesta era de computadores é abrir o pesado dicionário em papel para procurar um termo e, no laborioso processo de localização pela ordem alfabética, ir descobrindo palavras novas. A busca por digitação é objetiva demais. Esse misto de pensamento com reminiscência me ocorreu durante a leitura de Word by Word (palavra a palavra), de Kory Stamper, um delicioso e obsessivamente bem-escrito livro sobre dicionários.

Stamper, que é lexicógrafa profissional e durante vários anos atuou como editora-associada da Merriam-Webster, uma das principais casas de publicação de dicionários dos EUA, conta a história da corrente de protestos de religiosos que ela e seus colegas tiveram de enfrentar quando, numa das reedições, modificaram um dos sentidos da palavra “casamento” para comportar a união entre pessoas do mesmo sexo.

Entre várias boas histórias, Word by Word dá bem a ideia do trabalho insano que é produzir um dicionário, descrevendo todas as fases do processo, da coleção de averbações à fixação da(s) pronúncia(s), passando pela elaboração da definição e pela etimologia.

Word by Word, além de entreter, nos educa, contribuindo, ainda que apenas marginalmente, para que nos tornemos consulentes de dicionários um pouco mais conscientes.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 02.06.2019. Adaptado.)


Pai de muitos


Do ponto de vista da descrição lexicográfica, que é a descrição do léxico da língua, o dicionário fornece um conjunto de informações sobre cada uma das palavras que registra e sua utilidade vai muito além daquele tira-teima sobre a ortografia e/ou significado de uma palavra.

Ao indicar os diferentes domínios de conhecimentos a que uma determinada palavra está relacionada, ele não apenas amplia o conhecimento semântico dessa palavra, mas também desvenda as relações de forma e conteúdo que ela estabelece com outros vocábulos.

Para além das funções gramaticais, há um mundo de valores sociais e afetivos relacionados à palavra que o dicionário pode revelar a partir da análise de estilo e linguagem presentes no enunciado.

Portanto, quanto mais ampla for a seleção vocabular feita por um dicionário, maior será a sua eficácia em desvendar a trajetória de uma palavra na língua.

(Avram Ascot. Língua portuguesa e literatura, edição 76.)

Analisando o título que cada autor atribui a seu texto, fica evidente que

16 Q682166 | Português, Significação Contextual de Palavras e Expressões Sinônimos e Antônimos, Códigos e Linguagens e Matemática, INSPER, VUNESP

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Leia o trecho inicial de um poema de Charles Baudelaire para responder à questão.


Bênção


Quando, por uma lei das supremas potências,

O Poeta se apresenta à plateia entediada,

Sua mãe, estarrecida e prenhe de insolências,

Pragueja com Deus, que dela então se apieda:


“Ah! tivesse eu gerado um ninho de serpentes,

Em vez de amamentar esse aleijão sem graça!

Maldita a noite dos prazeres mais ardentes

Em que meu ventre concebeu minha desgraça!


Pois que entre todas neste mundo fui eleita

Para ser o desgosto de meu triste esposo,

E ao fogo arremessar não posso, qual se deita

Uma carta de amor, esse monstro asqueroso,


Eu farei recair teu ódio que me afronta

Sobre o instrumento vil de tuas maldições,

E este mau ramo hei de torcer de ponta a ponta,

Para que aí não vingue um só de seus botões!”

(As flores do mal, 2012.)

No contexto em que se inserem, os trechos “por uma lei das supremas potências” (1ª estrofe), “Pois que entre todas neste mundo fui eleita” (3ª estrofe) e “Para ser o desgosto de meu triste esposo” (3ª estrofe) expressam, respectivamente, sentido de

17 Q682167 | Português, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Códigos e Linguagens e Matemática, INSPER, VUNESP

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Leia o texto para responder à questão.


Na quinta-feira, os três [Jorge, Sebastião e Julião], que se tinham encontrado na casa Havanesa, eram introduzidos por uma rapariguita vesga, suja como um esfregão, na sala do Conselheiro. Um vasto canapé1 de damasco amarelo ocupava a parede do fundo, tendo aos pés um tapete onde um chileno roxo caçava ao laço um búfalo cor de chocolate; por cima uma pintura tratada a tons cor de carne, e cheia de corpos nus cobertos de capacetes, representava o valente Aquiles arrastando Heitor em torno dos muros de Troia. Um piano de cauda, mudo e triste sob a sua capa de baeta2 verde, enchia o intervalo das duas janelas. Sobre uma mesa de jogo, entre dois castiçais de prata, uma galguinha3 de vidro transparente galopava; e o objeto em que se sentia mais o calor do uso era uma caixa de música de dezoito peças!

(Eça de Queirós. O primo Basílio, 1993.)


1 canapé: espécie de sofá com encosto e braços.

2 baeta: tecido de lã ou algodão, de textura felpuda, com pelo em ambas as faces.

3 galguinha: referente à raça de cães altos, esguios e de pelagem curta.

No romance O primo Basílio, Eça de Queirós tece críticas à sociedade de Lisboa. No trecho, isso fica evidente com a descrição feita da sala do Conselheiro, a qual sugere

18 Q682169 | Português, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Códigos e Linguagens e Matemática, INSPER, VUNESP

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15 DE JULHO DE 1955 Aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu pretendia comprar um par de sapatos para ela. Mas o custo dos generos alimenticios nos impede a realização dos nossos desejos. Atualmente somos escravos do custo de vida. Eu achei um par de sapatos no lixo, lavei e remendei para ela calçar.

Eu não tinha um tostão para comprar pão. Então eu lavei 3 litros e troquei com o Arnaldo. Ele ficou com os litros e deu-me pão. Fui receber o dinheiro do papel. Recebi 65 cruzeiros. Comprei 20 de carne, 1 quilo de toucinho e 1 quilo de açucar e seis cruzeiros de queijo. E o dinheiro acabou-se.

Passei o dia indisposta. Percebi que estava resfriada. A noite o peito doia-me. Comecei tussir. Resolvi não sair a noite para catar papel. Procurei meu filho João José. Ele estava na rua Felisberto de Carvalho, perto do mercadinho. O onibus atirou um garoto na calçada e a turba afluiu-se. Ele estava no nucleo. Dei-lhe uns tapas e em cinco minutos ele chegou em casa.

Ablui as crianças, aleitei-as e ablui-me e aleitei-me. Esperei até as 11 horas, um certo alguem. Ele não veio. Tomei um melhoral e deitei-me novamente. Quando despertei o astro rei deslisava no espaço. A minha filha Vera Eunice dizia: — Vai buscar agua mamãe!

(Carolina Maria de Jesus. Quarto de despejo diário de uma favelada, 1993.)

A ideia contida na frase “Atualmente somos escravos do custo de vida” (1º parágrafo) é comprovada no trecho:

19 Q682170 | Português, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Códigos e Linguagens e Matemática, INSPER, VUNESP

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15 DE JULHO DE 1955 Aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu pretendia comprar um par de sapatos para ela. Mas o custo dos generos alimenticios nos impede a realização dos nossos desejos. Atualmente somos escravos do custo de vida. Eu achei um par de sapatos no lixo, lavei e remendei para ela calçar.

Eu não tinha um tostão para comprar pão. Então eu lavei 3 litros e troquei com o Arnaldo. Ele ficou com os litros e deu-me pão. Fui receber o dinheiro do papel. Recebi 65 cruzeiros. Comprei 20 de carne, 1 quilo de toucinho e 1 quilo de açucar e seis cruzeiros de queijo. E o dinheiro acabou-se.

Passei o dia indisposta. Percebi que estava resfriada. A noite o peito doia-me. Comecei tussir. Resolvi não sair a noite para catar papel. Procurei meu filho João José. Ele estava na rua Felisberto de Carvalho, perto do mercadinho. O onibus atirou um garoto na calçada e a turba afluiu-se. Ele estava no nucleo. Dei-lhe uns tapas e em cinco minutos ele chegou em casa.

Ablui as crianças, aleitei-as e ablui-me e aleitei-me. Esperei até as 11 horas, um certo alguem. Ele não veio. Tomei um melhoral e deitei-me novamente. Quando despertei o astro rei deslisava no espaço. A minha filha Vera Eunice dizia: — Vai buscar agua mamãe!

(Carolina Maria de Jesus. Quarto de despejo diário de uma favelada, 1993.)

Embora se trate de um texto escrito, é possível identificar nele marcas da oralidade, a exemplo do que se verifica em:

20 Q682181 | Matemática, Funções, Códigos e Linguagens e Matemática, INSPER, VUNESP

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Utilize as informações a seguir para responder à questão.


A fertilidade do solo é essencial na produção agrícola e a produtividade de cada tipo de solo varia com a quantidade de nutrientes aplicados a ele.

Foram realizados em vasos, experimentos de aplicação de diferentes doses de enxofre em dois tipos de solo: Latossolo Vermelho-Escuro (LE) e Areia Quartzosa (AQ).

Dado que, para o solo AQ, a produção R de matéria seca, em g/vaso, em função da quantidade q de enxofre utilizado, em kg/ha, é dada por R(q) = 5,5 + 0,2q - 0,001q2, a produção será máxima quando a dosagem de enxofre for igual a
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