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Questões de Vestibular: Vestibular CEDERJ

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A transmissão da febre amarela pode ocorrer através de mosquitos diferentes, encontrados nas zonas urbana e silvestre. Os mosquitos transmissores da febre amarela, na zona urbana e na silvestre, são, respectivamente:

 A sequência ln(2), ln(4), ln(8),....,ln(2n ),... é uma

Com base nas informações sobre os valores de potenciais de redução, a 25º C:

                 Mg+2(aq) + 2 e-  ?  Mg (s)       E° = - 2.4 V                 

                 Cu+2(aq) + 2 e-  ?  Cu (s)        E° = + 0.34 V 

É correto afirmar que:

O transporte de grãos de pólen de uma flor para outra ou para o seu próprio estigma pode ser realizado através dos ventos. Esse processo de polinização, que permite a reprodução das plantas por meio dos ventos, é denominado:

Texto 2
O que Lima Barreto pode ensinar ao Brasil de hoje
Denilson Botelho

Lima Barreto (1881-1922) viveu numa época
de transições. No seu aniversário de sete anos, viu
a abolição ser festejada em praça pública na companhia 
do pai, registrando as lembranças do episódio 
5 em seu Diário íntimo. No ano seguinte, em 1889,
viu a monarquia dar lugar à república. E passou a
juventude e o resto de sua curta existência – faleceu
aos 41 anos – enfrentando os desafios de ser negro
num país que aboliu a escravidão, mas não fez com
10 que a liberdade viesse acompanhada dos direitos de
cidadania pelos quais temos lutado desde então. Da
mesma forma, vivenciou também os desafios de uma
república que se fez excludente, frustrando a expectativa 
por um regime democrático.
15 Mas por que devemos ler Lima Barreto hoje?
São vários os motivos, mas um deles revela-se da
maior importância. Nos últimos anos, os grandes
grupos empresariais de mídia têm contribuído
  
decisivamente para demonizar a política. A pregação
20 de um discurso anticorrupção tem se revestido de um
moralismo sem precedentes e, ao mesmo tempo, esterilizante. 
Muitos são aqueles que têm sido levados
a recusar o debate político sob o argumento tolo, 
generalizante e perigoso que sugere que todo político
25 é ladrão e corrupto. A estratégia abre espaço para
a figura enganosa do “gestor”, que, fingindo renegar
a política, governa para contemplar os interesses de
poucos em detrimento da maioria.
O fato é que encontramos em Lima Barreto
30 um vigoroso antídoto para lidar com essa situação,
pois estamos diante de um escritor que fez da literatura 
a arte do engajamento. Escrever era para ele
uma forma efetiva de participar dos acontecimentos.
Os mais de 500 artigos e crônicas que publicou em
35 dezenas de jornais e revistas do Rio de Janeiro – assim 
como seus romances e contos – não deixavam
escapar nenhum tema importante em discussão na
época. Lima não se esquivava do debate e muito menos 
de opinar e apresentar enfaticamente os seus
40 pontos de vista, geralmente urdidos com base nas
leituras que fazia quase obsessivamente. Em síntese, 
escrever era fazer política, era participar da vida
política do país e isso resultou numa literatura militante, 
que nos leva a perceber a centralidade da política
45 em nossas vidas.
Fragmento: http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/o-que-lima-
-barreto-pode-ensinar-ao-brasil-de-hoje/ Acesso em 21 ago 2017.
  

Segundo o texto 2, é correto afirmar que

A DISPUTA PELA CIDADE

Nos anos 1990, os anos negros da crise e da miséria produtiva, de desemprego, o crescimento da cidade se deu por meio de muros, enclaves fortificados, shopping centers, condomínios e, assim, houve um esvaziamento dos espaços públicos, dos espaços de convívio. Começamos a ver nos últimos anos, iniciativas dos próprios cidadãos, da própria sociedade, de retomar a cidade, a calçada, a praça, o lugar do convívio, de rejeitar esse modelo, embora ele ainda seja predominante.

CACCIA BAVA, S. Entrevista com Raquel Rolnik. Le Monde Diplomatique Brasil, Ano 10, n. 110, set. 2016, p. 5. Adaptado.


As iniciativas cidadãs mencionadas rejeitam o modelo urbano predominante que

A frase que identifica a política cultural do Estado Novo, liderado por Getúlio Vargas é:

Texto 1
BOOM MACHADIANO?
Críticos estrangeiros apontam Machado como autor livre de clichês latino-americanos e distante da exuberância tropical e da crítica social.
Ruan de Sousa Gabriel

“Machado de Assis já não pertence apenas à literatura 
brasileira. Suas obras passaram a interessar a
outras culturas, sucedendo-se as traduções em várias línguas”, 
escreveu o crítico literário Eugenio Gomes no jornal 
5 carioca Correio da Manhã em 8 de dezembro de 1951.
Gomes enumerou entusiasmado as novas traduções de
Machado mundo afora: uma edição alemã de 
Memórias
póstumas de Brás Cubas 
e “outra deste mesmo romance
em castelhano”, e a publicação, nos Estados Unidos, de
10 mais uma tradução, assinada por William L. Grossman.
Dedicou boa parte de seu texto a comentários elogiosos
(apesar “de alguns lapsos”) às 
Memórias póstumas de
Grossman para indicar o “interesse excepcional que o escritor 
brasileiro está despertando naquele país”.
15 Quase 70 anos mais tarde, esse “interesse excepcional” 
citado por Gomes poderia ser incluído no famoso
capítulo “Das negativas”, de 
Memórias póstumas, que lista
o que não aconteceu. Um ensaio de Benjamin Moser, biógrafo 
de Clarice Lispector, publicado no mês passado na
20 revista americana 
The New Yorker, perguntava por que Machado 
ainda era tão pouco lido nos EUA. Além do ensaio
de Moser, outros textos sobre Machado apareceram na
imprensa americana nas últimas semanas por ocasião da
publicação de 
The collected stories of Machado de Assis,
25 uma reunião de 76 contos traduzidos para o inglês pelos
britânicos Margaret Jull Costa e Robin Patterson. A editora 
W. W. Norton & Company, responsável pela publicação
das 
Collected stories, não divulgou a tiragem do livro, mas
informou que os editores “estão muito contentes — mais do
30 que contentes, na verdade — com a recepção do livro nos
EUA”.
O aplauso da imprensa americana reavivou o desejo 
expresso por Gomes nos anos 50: será que agora os
estrangeiros acordam para o talento de Machado? “Há poucos 
35 dias, vi uma coisa insólita na London Review of Books:
um retrato de página inteira de Machado e capas de livros
dele, inclusive das 
Collected stories”, disse o britânico John
Gledson, tradutor do estudo 
Dom Casmurro e autor do estudo 
Machado de Assis: impostura e realismo. Em agosto,
40 Machado foi eleito o autor do mês pela prestigiosa revista
literária britânica. “Trabalho com a obra de Machado desde
os anos 80 e ele nunca teve esse tipo de destaque na Inglaterra, 
onde se publicam traduções dele esporadicamente. A
tradutora das 
Collected stories tem uma ótima reputação,
45 o que me dá esperança de que ela ajude a reputação de
Machado em inglês.” (...)
Texto adaptado. GABRIEL, Ruan de Sousa. Boom machadiano?
Um novo despertar estrangeiro para a obra de Machado. 
Revista
Época
, nº 1054. Editora Globo, 10 set. 2018, p. 78-81.  

A grafia do conector sublinhado em “Um ensaio de Benjamin Moser (...) perguntava por que Machado ainda era tão pouco lido nos EUA” (linhas 18-21), com os itens “por” e “que” separados e sem acento, justifica-se por

Texto 3 
Ao verme
que
primeiro roeu as frias carnes
do meu cadáver
dedico
como saudosa lembrança
estas Memórias Póstumas

Morri de uma pneumonia; mas se lhe disser que foi
menos a pneumonia, do que uma ideia grandiosa e útil, a
causa da minha morte, é possível que o leitor me não creia,
e todavia é verdade. Vou expor-lhe sumariamente o caso.
5 Julgue-o por si mesmo. (...)
Com efeito, um dia de manhã, estando a passear
na chácara, pendurou-se-me uma ideia no trapézio que eu
tinha no cérebro. Uma vez pendurada, entrou a bracejar, a
pernear, a fazer as mais arrojadas cabriolas de volatim,

10 que é possível crer. Eu deixei-me estar a contemplá-la. Súbito, 
deu um grande salto, estendeu os braços e as pernas,
até tomar a forma de um X: decifra-me ou devoro-te.
Essa ideia era nada menos que a invenção de um
medicamento sublime, um emplasto anti-hipocondríaco,
15 destinado a aliviar a nossa melancólica humanidade. Na
petição de privilégio que então redigi, chamei a atenção
do governo para esse resultado, verdadeiramente cristão. 
Todavia, não neguei aos amigos as vantagens pecuniárias 
que deviam resultar da distribuição de um produto
20 de tamanhos e tão profundos efeitos. Agora, porém, que
estou cá do outro lado da vida, posso confessar tudo: o
que me in?uiu principalmente foi o gosto de ver impressas
nos jornais, mostradores, folhetos, esquinas, e enfim nas
caixinhas do remédio, estas três palavras: Emplasto Brás
25 Cubas. Para que negá-lo? Eu tinha a paixão do arruído,
do cartaz, do foguete de lágrimas. Talvez os modestos me
arguam esse defeito; fio, porém, que esse talento me hão
de reconhecer os hábeis. Assim, a minha ideia trazia duas
faces, como as medalhas, uma virada para o público, outra
30 para mim. De um lado, filantropia e lucro; de outro lado,
sede de nomeada. Digamos: — amor da glória.
Um tio meu, cônego de prebenda inteira, costumava 
dizer que o amor da glória temporal era a perdição
das almas, que só devem cobiçar a glória eterna. Ao que
35 retorquia outro tio, oficial de um dos antigos terços de infantaria, 
que o amor da glória era a coisa mais verdadeiramente humana 
que há no homem, e, conseguintemente, a
sua mais genuína feição.
Decida o leitor entre o militar e o cônego; eu
40 volto ao emplasto.
ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. 9.ed. São
Paulo: Ática, 1982. (p.11, 14 e 15).
  

No fragmento de “Memórias póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, o uso da primeira pessoa do singular produz o efeito de

Analise o texto a seguir:

Um solo é considerado degradado quando para de exercer parte de suas funções, tais como nutrir plantas, filtrar a água ou abrigar a biodiversidade. Algumas formas principais de degradação são acentuadas pela ação humana. Uma dessas formas afeta principalmente as zonas peridesérticas, como as grandes planícies dos Estados Unidos, a orla do Sahel e os planaltos do norte da China. Nesse caso, a terra cultivada se solta mais facilmente e é removida de seu local original por força de um agente natural.

Desgaste atinge metade dos solos cultiváveis. Atlas do Meio Ambiente. Le Monde Diplomatique Brasil, 1996, p.16. Adaptado.


A forma de degradação do solo mencionada é denominada: