Questões de Vestibular: Vestibular Filosofia e Sociologia

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21 Q685079 | Sociologia, Socialização secundária educação, Vestibular Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV

No Brasil atual, o chamado “Movimento Escola Sem Partido” procura erradicar, por meio de mecanismos legais (projetos de lei), temáticas referentes ao conceito de “gênero” aplicadas ao ensino de crianças e jovens. Esse movimento se pauta por valores religiosos, tradicionais e de fundo patriarcal na defesa das relações heterossexuais, entendidas como sagradas e as únicas moralmente corretas. Diferentemente, as Ciências Sociais demonstram como o “gênero” é constituído por aspectos socioculturais, históricos e psicológicos diversos. Em termos simples, “ser homem”, “ser mulher” ou “ser transgênero” depende da cultura e da subjetividade individual. Além disso, desde o início do século XXI, entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) têm aprovado resoluções diretivas para que se considere a “identidade de gênero” e a “orientação sexual” como parte dos Direitos Humanos (REIS e EGGERT, 2017).
REIS, T. e EGGERT, E., Ideologia de Gênero: uma falácia construída sobre os planos de educação brasileiros, Educação e Sociedade, vol. 38, nº 138, janeiro-março 2017.
Tomando como referência o entendimento acima, é correto concluir que

22 Q685085 | Sociologia, Émile Durkheim e os Fatos Sociais, Vestibular Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV

O papel do Estado nas sociedades modernas é compreendido por visões diferentes entre os fundadores da Sociologia. Os chamados clássicos da Sociologia, Karl Marx (1818-1883) e Émile Durkheim (1858-1917), possuem entendimentos diversos sobre as finalidades e funções do Estado moderno. Para Marx, teórico crítico das lógicas fundantes das sociedades capitalistas, o Estado moderno é “tãosomente um comitê que administra os negócios comuns de toda a classe burguesa”. Já para Durkheim, um dos primeiros elaboradores da ciência sociológica, o Estado é “um órgão especial encarregado de elaborar certas representações que valem para a coletividade”.
MARX, Karl. O manifesto do partido comunista. Porto Alegre: L&PM, 2010; DURKHEIM, Émile. Lições de Sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
Considerando os entendimentos de Marx e Durkheim sobre o papel do Estado nas sociedades modernas, analise as seguintes proposições:
I. Na perspectiva marxiana, o Estado trata, de modo imparcial, os conflitos entre as classes sociais do capitalismo. II. Para Emile Durkheim, o Estado é a entidade social mais importante a serviço das classes dominantes. III. Karl Marx explica o Estado como um órgão a serviço dos interesses dominantes no capitalismo. IV. Émile Durkheim explica a funcionalidade do Estado moderno para a manutenção da sociedade.
Está correto somente o que se afirma em

23 Q685066 | Filosofia, Vestibular Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV

A filosofia helenística é profundamente marcada por uma preocupação central com a ética, entendida em um sentido prático, como o estabelecimento de regras do bem viver, da ‘arte de viver’. É ilustrativo disso o famoso Manual de Epicteto, filósofo estoico do período romano. Considere as seguintes afirmações sobre a doutrina ética das principais correntes de pensamento helenísticas:
I. Para se ter uma conduta ética que assegure a felicidade, o estoicismo propõe o agir de acordo com os princípios da natureza, em equilíbrio com o cosmo e em busca da tranquilidade – ataraxia. II. Agir eticamente, segundo o epicurismo, significa dar vazão aos desejos naturais de forma intensa e total. A vida ética requer o exercício pleno da paixão que não se opõe à razão, mas a complementa. III. A ética estoica influenciou fortemente a ética cristã em virtude de seu caráter determinista e por sua valorização do autocontrole e da submissão.
É correto o que se afirma em

24 Q685071 | Filosofia, Vestibular Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV

Atente para a seguinte passagem, em que Santo Agostinho se questiona sobre a origem do mal:
“Quem me criou? Não foi o meu Deus, que é bom, e é também a mesma bondade? Donde me veio, então, o querer, eu, o mal e não querer o bem? Qual a sua origem, se Deus, que é bom, fez todas as coisas? Sendo o supremo e sumo Bem, criou bens menores do que Ele; mas, enfim, o Criador e as criaturas, todos são bons. Donde, pois, vem o mal?”
AGOSTINHO, Santo. Confissões; De magistro. São Paulo: Nova Cultural, 1987. Coleção “Os Pensadores”. Livro VII. Adaptado.
Sobre esse aspecto da filosofia do bispo de Hipona, considere as seguintes afirmações: I. Como os maniqueístas, de quem sofreu forte influência, Agostinho afirmava a existência do Bem e do Mal e que os homens não eram culpados de ações classificadas como más. O mal lhes era inato, portanto, não havia culpa, mas poderiam obter a salvação da alma por intermédio da graça divina. II. Para Agostinho, não se deveria atribuir a Deus a origem do Mal, visto que, como Sumo Bem, ele não o poderia criar. São os homens os responsáveis pela presença do Mal e cabe a estes fazerem uso de sua liberdade e escolherem entre a boa e a má ação. III. Dispondo do livre arbítrio, o ser humano pode optar por bens inferiores. Mas o livre arbítrio não pode ser visto como um mal em si, pois foi Deus quem o criou. Ter recebido de Deus uma vontade livre é para o ser humano um grande bem. O mal é o mau uso desse grande bem.
É correto o que se afirma em

25 Q685077 | Sociologia, Desigualdades de raça, Vestibular Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV

O conceito de “gênero” nas Ciências Sociais é tratado não como uma característica natural biológica inerente a todos os seres humanos, mas como algo que se constrói em meio a processos psicológicos, socioculturais e históricos. Parte dos cientistas sociais demonstram que o conceito de “gênero” é cultural e pode ser diferenciado do conceito biológico de “sexo” (macho/fêmea), pois este último seria definido a partir dos diferentes caracteres genéticos e anatômicos do corpo humano. O “gênero” diferente do “sexo” seria, assim, uma categoria sociocultural e não natural já que depende de cada cultura a definição dos comportamentos e maneiras de ser que diferenciam o “masculino” do “feminino”. Contudo, Giddens e Sutton (2016) apontam que para alguns cientistas sociais tanto o “gênero” como o “sexo” são concepções construídas socialmente e culturalmente, uma vez que o corpo está sujeito a intervenções que o influenciam e o alteram.
GIDDENS, Anthony e SUTTON, Philip W. Conceitos essenciais da Sociologia. 1ª ed. São Paulo: Editora Unesp, 2016.
Considerando essa compreensão das Ciências Sociais sobre os conceitos de “gênero” e de “sexo”, assinale a afirmação verdadeira.

26 Q685081 | Sociologia, Vestibular Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV

Atente para a seguinte citação a respeito do índio:
“O índio não é uma questão de cocar de pena, urucum e arco e flecha, algo de aparente e evidente nesse sentido estereotipificante, mas sim uma questão de ‘estado de espírito’. Um modo de ser e não um modo de aparecer. Na verdade, algo mais (ou menos) que um modo de ser: a indianidade designava para nós um certo modo de devir, algo essencialmente invisível, mas nem por isso menos eficaz: um movimento infinitesimal incessante de diferenciação, não um estado massivo de ‘diferença’ anteriorizada e estabilizada, isto é, uma identidade (um dia seria bom os antropólogos pararem de chamar identidade de diferença e vice-versa). A nossa luta, portanto, era conceitual: nosso problema era fazer com que o ‘ainda’ do juízo de senso comum ‘esse pessoal ainda é índio’ (ou ‘não é mais’) não significasse um estado transitório ou uma etapa a ser vencida. A ideia é a de que os índios ‘ainda’ não tinham sido vencidos, nem jamais o seriam. Eles jamais acabar(i)am de ser índios, ‘ainda que’... Ou justamente porquê. Em suma, a ideia era que ‘índio’ não podia ser visto como uma etapa na marcha ascensional até o invejável estado de ‘branco’ ou ‘civilizado’”.
CASTRO, Eduardo Viveiro de, “No Brasil todo mundo é índio, exceto quem não é”, entrevista concedida à equipe de edição do livro Povos Indígenas no Brasil, Instituto Socioambiental (ISA), 2006.
Considerando o texto, acima apresentado, avalie as seguintes proposições: I. A integração dos povos indígenas à sociedade brasileira não significa a perda de suas culturas e de suas identidades socioculturais. II. Os povos indígenas não deixam de ser índios enquanto mantiverem o sentimento de pertencer às suas comunidades e de serem reconhecidos como indígenas, mesmo morando em cidades e participando da vida moderna da atual sociedade brasileira.
Sobre essas afirmações, é correto dizer que

27 Q685090 | Sociologia, Max Weber e a Ação Social, Vestibular Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV

Em A ética protestante e o espírito do capitalismo, Max Weber (1864-1920) procurou demonstrar de que maneira uma específica ética religiosa deu ensejo ao surgimento do que ele chamou de um “espírito do capitalismo”, expressão que significa “uma ética de vida, um modo de ver e encarar a existência” (SELL, 2015). Tal “espírito” apontava o cultivo de uma vida disciplinada, “motivada pelo sentido do dever”, com honestidade e dedicação ao trabalho. Weber aponta como essa ética deu ao capitalismo uma racionalidade técnica, de cálculo e jurídica que o fez se desenvolver nesse sistema econômico burocrático das sociedades modernas. Seitas protestantes como o calvinismo indicavam uma vida ascética, ou seja, proba, de oração e de penitências, para a salvação. Tal conduta fez com que os seguidores dessas seitas seguissem uma vida moralmente correta e honesta, com esforço e cuidado ao trabalho, longe das luxúrias e prazeres mundanos. O resultado foi o desenvolvimento de um trabalho profissionalizado e a racionalidade na busca de riquezas.
SELL, Carlos Eduardo. Sociologia Clássica: Marx, Durkheim e Weber. 7ª ed. Petrópolis-RJ: Editora Vozes, 2015.
Partindo dessa compreensão de Max Weber sobre as origens do capitalismo, é correto afirmar que

28 Q685091 | Sociologia, Vestibular Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV

Leia com atenção o seguinte fragmento a respeito dos movimentos sociais na era da Internet: “Os movimentos sociais são produtores de novos valores e objetivos em torno dos quais as instituições da sociedade se transformaram a fim de representar esses valores, criando novas normas para organizar a vida social. Os movimentos sociais exercem o contrapoder construindo-se, em primeiro lugar, mediante um processo de comunicação autônoma, livre do controle dos que detêm o poder institucional. Como os meios de comunicação de massa são amplamente controlados por governos e empresas de mídia, na sociedade em rede, a autonomia de comunicação é basicamente construída nas redes da internet e nas plataformas de comunicação sem fio. As redes sociais digitais oferecem a possibilidade de deliberar sobre e coordenar as ações de forma amplamente desimpedida. Entretanto, esse é apenas um componente do processo comunicativo pelo qual os movimentos sociais se relacionam com a sociedade em geral. Eles também precisam construir um espaço público, criando comunidades livres no espaço urbano. Uma vez que o espaço público institucional, o espaço constitucionalmente designado para a deliberação, está ocupado pelos interesses das elites dominantes e suas redes, os movimentos sociais precisam abrir um novo espaço público que não se limite à Internet, mas se torne visível nos lugares da vida social”.
CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da Internet. Rio de Janeiro: Zahar, 2015.
Considerando a compreensão de Castells acerca dos movimentos sociais na “era da Internet”, assinale a afirmação verdadeira.

29 Q685056 | Filosofia, Mito e Filosofia, Vestibular Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV

Antes do surgimento do pensar raciona-lfilosófico, os povos antigos possuíam outra forma de explicação do mundo: o pensamento mítico. Considerando as características do conhecimento mítico, atente para o que se afirma a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso. ( ) A mitologia foi a segunda forma de explicação sobre o mundo, sucedendo as explicações fornecidas pelas ciências dos antigos povos, como a agrimensura e a astrologia. ( ) Os mitos eram transmitidos por gerações, principalmente através da forma narrativa e faziam parte da tradição cultural de um povo, não sendo originários da criação por parte de um indivíduo específico. ( ) A mitologia explicava a origem do mundo e dependia da adesão, pelas pessoas, de um conjunto de verdades tidas como inquestionáveis e imunes à crítica. ( ) Baseado, principalmente, nas forças da natureza – physis –, as mitologias antigas, ao contrário das religiões que as sucederam, evitavam o recurso às forças sobrenaturais como fonte de explicação da existência.
A sequência correta, de cima para baixo, é:

30 Q685060 | Sociologia, Karl Marx e as Classes Sociais, Vestibular Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV

Atente para o seguinte trecho, que apresenta o pensamento de Karl Marx sobre a realidade:
“O concreto é concreto porque é a síntese de muitas determinações, unidade do diverso. Por isso o concreto aparece no pensamento como resultado, não como ponto de partida efetivo. Por isso é que Hegel caiu na ilusão de conceber o real como resultado do pensamento que se sintetiza a si e semove por si mesmo. Mas este não é de modo nenhum o processo da gênese do próprio concreto”.
MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos e outros textos. Os Pensadores. São Paulo: Abril cultural, 1978. Adaptado.
Sobre a forma como Karl Marx entendia o seu método de análise da realidade, é correto afirmar que
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