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Questões de Vestibular: Linguagens e Códigos e suas Tecnologias

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O "politicamente correto" tem seus exageros, como chamar baixinho de "verticalmente prejudicado", mas, no fundo, vem de uma louvável preocupação em não ofender os diferentes. É muito mais gentil chamar estrabismo de "idiossincrasia ótica" do que de vesguice. O linguajar brasileiro está cheio de expressões racistas e preconceituosas que precisam de uma correção, e até as várias denominações para bêbado (pinguço, bebo, pé–de–cana) poderiam ser substituídas por algo como "contumaz etílico", para lhe poupar os sentimentos.
O tratamento verbal dado aos negros é o melhor exemplo da condescendência que passa por tolerância racial no Brasil. Termos como "crioulo", "negão" etc. são até considerados carinhosos, do tipo de carinho que se dá a inferiores, e, felizmente, cada vez menos ouvidos. "Negro" também não é mais correto. Foi substituído por afrodescendentem, por influência dos afro–americans, num caso de colonialismo cultural positivo. Está certo. Enquanto o racismo que não quer dizer seu nome continua no Brasil, uma integração real pode começar pela linguagem.
VERÍSSIMO, L. F. Peixe na cama. Diário de Pernambuco. 10 jun. 2006 (adaptado).
Ao comparar a linguagem cotidiana utilizada no Brasil e as exigências do comportamento "politicamente correto", o autor tem a intenção de

O dia em que o peixe saiu de graça

Uma operação do Ibama para combater a pesca ilegal na divisa entre os Estados do Pará, Maranhão e Tocantins incinerou 110 quilômetros de redes usadas por pescadores durante o período em que os peixes se reproduzem. Embora tenha um impacto temporário na atividade econômica da região, a medida visa preservá-la ao longo prazo, evitando o risco de extinção dos animais. Cerca de 15 toneladas de peixes foram apreendidas e doadas para instituições de caridade.
Época. 23 mar. 2009 (adaptado).

A notícia, do ponto de vista de seus elementos constitutivos,

Texto associado.

A carreira do crime

Estudo feito por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz sobre adolescentes recrutados pelo tráfico de drogas nas favelas cariocas expõe as bases sociais dessas quadrilhas, contribuindo para explicar as dificuldades que o Estado enfrenta no combate ao crime organizado.
O tráfico oferece ao jovem de escolaridade precária (nenhum dos entrevistados havia completado o ensino fundamental) um plano de carreira bem estruturado, com salários que variam de R$ 400,00 a R$ 12.000 mensais. Para uma base de comparação, convém notar que, segundo dados do IBGE de 2001, 59% da população brasileira com mais de dez anos que declara ter uma atividade remunerada ganha no máximo o piso salarial oferecido pelo crime. Dos traficantes ouvidos pela pesquisa, 25% recebiam mais de R$ 2.000 mensais; já na população brasileira essa taxa não ultrapassa 6%.
Tais rendimentos mostram que as políticas sociais compensatórias, como o Bolsa-Escola (que paga R$ 15 mensais por aluno matriculado), são por si só incapazes de impedir que o narcotráfico continue aliciando crianças provenientes de estratos de baixa renda: tais políticas aliviam um pouco o orçamento familiar e incentivam os pais a manterem os filhos estudando, o que de modo algum impossibilita a opção pela deliquência. No mesmo sentido, os programas voltados aos jovens vulneráveis ao crime organizado ( circo-escola, oficinas de cultura, escolinhas de futebol) são importantes, mas não resolvem o problema.
A única maneira de reduzir a atração exercida pelo tráfico é a repressão, que aumenta os riscos para os que escolhem esse caminho. Os rendimentos pagos aos adolescentes provam isso: eles são elevados precisamente porque a possibilidade de ser preso não é desprezível. É preciso que o Executivo federal e os estaduais desmontem as organizações paralelas erguidas pelas quadrilhas, para que a certeza de punição elimine o fascínio dos salários do crime.
Editorial. Folha de São Paulo. 15 jan. 2003.

Com base nos argumentos do autor, o texto aponta para

Entre ideia e tecnologia

O grande conceito por trás do Museu da Língua é apresentar o idioma como algo vivo e fundamental para o entendimento do que é ser brasileiro. Se nada nos define com clareza, a forma como falamos o português nas mais diversas situações cotidianas é talvez a melhor expressão da brasilidade.
SCARDOVELI, E. Revista Língua Portuguesa. São Paulo: Segmento, Ano II, nº 6, 2006.

O texto propõe uma reflexão acerca da língua portuguesa, ressaltando para o leitor a

Futebol: "A rebeldia é que muda o mundo"

Conheça a historia de Afonsinho, o primeiro Jogador do futebol brasileiro a derrotar a cartolagem e a Conquista o Passe livre, há exatos 40 anos.

Pelé estava se aposentado pra valer pela primeira vez então com a camisa do Santos(porque depois voltaria a atuar pelo New York Cosmos, dos Estados Unidos), em 1972, quando foi questionado se, finalmente, sentia-se um homem livre. Orei respondeu sem titubear:
- Home livre no futebol só conheço um: O Afonsinho. Este sim pode dizer, usando as suas palavras, que deu o grito de independência ou morte. Ninguém mais. O resto é conversa.
Apesar de suas declarações serem motivo de chacota por parte da mídia futebolística e até dos torcedores brasileiros, a Atleta do Século acertou.E provavelmente acertaria novamente hoje.
Pela admiração por um de seus colegas de clube daquele ano. Pelo reconhecimento do caráter e personalidade de um dos jogadores mais contestadores do futebol nacional. E principalmente em razão da história de luta e vitoria de Afonsinho sobre os cartolas.
ANDREUCCI, R. Disponível em: HTTP:// CAROSAMIGOS.TERRA.COM.BR. Acesso em: 19 ago. 2011.

O autor utiliza marcas linguísticas que dão ao texto um caráter informal. Uma dessas marcas é identificada em:

As modernas tecnologias de comunicação modificaram as relações sociais no mundo que, hoje, é caracterizado pela rapidez e pela velocidade. Neste mundo, a informação é transmitida sempre com pressa e em tempo real. As câmeras de TV, espalhadas por todos os lugares, colhem imagens de tudo e transmitem instantaneamente para todo o mundo. Como a vida é agitada e o tempo é curto para todos, a mídia encarrega–se de abreviar os fatos, resumi–los ao máximo no menor espaço de tempo para atingir mais e mais pessoas. A própria linguagem da TV, veloz e entrecortada, impede uma abordagem mais minuciosa dos conflitos. Na TV, monta–se, embala–se e distribui–se o produto, no caso, a notícia.
PORCELLO, Flávio A. Camargo. Comunicação, discurso e mito: no ar, o show de notícias. Os telejornais mostram a vida como ele não é. In: Dornelles, Beatriz (org.) Mídia, imprensa e as novas tecnologias. Porto Alegre: Ed. PUCRS, 2006, p. 106–107 (adaptado).
As tecnologias de comunicação exercem funções diversas na vida das pessoas, sendo a televisão um dos meios de informação mais influentes da atualidade. A esse respeito, verifica–se que

Nas sociedades urbanas, desde que nascemos, estamos imersos em um ambiente dominado pela tecnologia da informação e da comunicação e por produtos tecnológicos como o rádio, a TV, o cinema e a internet, com os quais criamos redes sociais via web, MSN, sites de relacionamento e Orkut. Utilizamos a tecnologia tanto para entrar em contato com amigos, quanto para o trabalho e para operações comerciais. Enquanto circulamos pelas cidades, nossos sentidos são tomados por informações medidas pela tecnologia, estampadas em outdoors, cartazes e bancas de jornais.

De acordo com o texto, a vida moderna é profundamente influenciada pela tecnologia da informação e da comunicação. Com base nessa assertiva, conclui-se que as pessoas

Um asteroide de cerca de um mil metros de diâmetro, viajando a 288 mil quilômetros por hora, passou a uma distância insignificante ? em termos cósmicos ? da Terra, pouco mais do dobro da distância que nos separa da Lua. Segundo os cálculos matemáticos, o asteroide cruzou a órbita da Terra e somente não colidiu porque ela não estava naquele ponto de interseção. Se ele tivesse sido capturado pelo campo gravitacional do nosso planeta e colidido, o impacto equivaleria a 40 bilhões de toneladas de TNT ou o equivalente à explosão de 40 mil bombas de hidrogênio, conforme calcularam os computadores operados pelos astrônomos do programa de Exploração do Sistema Solar da Nasa; se caísse no continente, abriria uma cratera de cinco quilômetros, no mínimo, e destruiria tudo o que houvesse num raio de milhares de outros; se desabasse no oceano, provocaria maremotos que devastariam imensas regiões costeiras. Enfim, uma visão do Apocalipse.

Disponível em: http://bdjur.stj.jus.br. Acesso em: 23 abr. 2010 (fragmento).

Com base na leitura do fragmento, percebe-se que o texto foi construído com o objetivo de

–se de raiva– Hum! Ora, eis aí está para que se casou meu filho, e trouxe a mulher para minha casa. É isto constantemente. Não sabe o senhor meu filho que quem casa quer casa? Já não posso, não posso, não posso! (Batendo com o pé). Um dia arrebento, e então veremos!

PENA, M. Quem casa quer casa. www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 dez. 2012

As rubricas em itálico, como as trazidas no trecho de Martins Pena, em uma atuação teatral, constituem

Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão.
Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa.

Considerando a definição apresentada, o fragmento poético da obra Cantares, de Hilda Hilst, publicada em 2004, em que pode ser encontrada a referida figura de retórica é: