Questões de Vestibular: IFPE

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21 Q683856 | Português, Acentuação Gráfica Proparoxítonas, Técnico Integrado, IFPE, FUNCERN, 2025

Texto associado.
A questão refere-se ao texto a seguir.

No dia em que o gato falou

Era uma vez uma dama gentil e senil que tinha um gato siamês. Gato de raça, de bom-tom, de filiação, de ânimo cristão. Lindo gato, gato terno, amigo, pertencente a uma classe quase extinta de antigos deuses egípcios. Esse gato só faltava falar. Manso e inteligente, seu olhar era humano. Mas falar, não falava. E sua dona, triste, todo dia passava uma ou duas horas, repetindo sílabas e palavras para ele, na esperança de que um dia aquela inteligência que via em seu olhar explodisse em sons compreensivos e claros. Mas nada!

A dama gentil e senil era, naturalmente, incapaz de compreender o fenômeno. Tanto mais que ali mesmo à sua frente, preso a um poleiro de ferro, estava um outro ser, também animal, inferior até ao gato, pois era somente uma pobre ave, mas que falava! Falava mesmo, muito mais do que devia. Um papagaio, que falava pelas tripas do Judas. Curiosa natureza, pensava a mulher, que fazia um gato quase humano, sem fala, e um papagaio cretino mas parlapatão. E quanto mais meditava mais tempo gastava com o gato no colo, tentando métodos, repetindo sílabas, redobrando cuidados para ver se conseguia que seu miado virasse fala.

Exatamente no dia 16 de maio de 1958 foi que teve a ideia genial. Quando a ideia iluminou seu cérebro, veio acompanhada da crítica, autocrítica: “Mas, como não me ocorreu isso antes?”, perguntou ela para si própria, muito gentil e senil como sempre, mas agora também autopunitiva. “Como não me ocorreu isso antes?” O papagaio viu no brilho do olhar da dona o seu (dele) terrível destino e tentou escapar. Mas estava preso. Foi morto, depenado e cozinhado em menos de uma hora. Pois o raciocínio da mulher era lógico e científico: se desse ao gato o papagaio como alimentação, não era evidente que o gato começaria a falar? Era? Não era? Veria. O gato, a princípio, não quis comer o companheiro. Temendo ver fracassado o seu intuito, a dama gentil e senil procurou forçá-lo. Não conseguindo que o gato comesse o papagaio, bateulhe mesmo — horror! — pela primeira vez. Mas o gato se recusou. Duas horas depois, porém, vencido pela fome, aproximou-se do prato e engoliu o papagaio todo. Imediatamente subiu-lhe uma ânsia no estômago, ele olhou para a dona e, enquanto esta chorava de alegria, começou a gritar (num tom meio currupaco, meio miau-miau-au, mas perfeitamente compreensível):

— Madame, foge pelo amor de Deus! Foge, madame, que o prédio vai cair! Corre, madame, que o prédio vai cair!

A mulher, tremendo de emoção e alegria, chorando e rindo, pôs-se a gritar por sua vez:
— Vejam, vejam, meu gatinho fala! Milagre! Milagre! Fala o meu gatinho!

Mas o gato, fugindo ao seu abraço, saltou para a janela e gritou de novo:

— Foge, madame, que o prédio vai cair! Madame, foge! — e pulou para a rua.

Nesse momento, com um estrondo monstruoso, o prédio inteiro veio abaixo, sepultando a dama gentil e senil em meio aos seus escombros.

O gato, escondido melancolicamente num terreno baldio, ficou vendo o tumulto diante do desastre e comentou apenas, com um gato mais pobre que passava:

— Veja só que cretina. Passou vida inteira para me fazer falar e, no momento em que falei, não me prestou a mínima atenção.


Moral: O mal do artista é não acreditar na própria criação.


FERNANDES, Millôr. In: Antologia do Pasquim, volume III: 1973-1974. Rio de Janeiro: Desiderata, 2009.
São palavras acentuadas pelas regras das oxítonas:

22 Q683864 | Matemática, Razão e Proporção e Números Proporcionais, Técnico Integrado, IFPE, FUNCERN, 2025

Para restaurar uma rua de Recife, uma empresa de infraestrutura precisa substituir a base de um segmento específico utilizando os agregados areia e brita, na proporção de 3:4, em volume. O projeto especifica o uso de 300 m³ de brita. Considerando uma perda de 10% no volume de areia devido a fatores logísticos e operacionais, a quantidade total de areia que a empresa precisa ter em estoque para atender ao projeto é de

23 Q688814 | Biologia, Estrutura e fisiologia da Membrana Plasmática, Segundo Semestre, IFPE, IF PE

Leia o TEXTO 14 para responder à questão.


TEXTO 14


INFORMAÇÕES SOBRE OS DANOS QUE OS CARAMUJOS CAUSAM NO SEU AMBIENTE


O caramujo africano, como é conhecido o principal caramujo considerado uma praga urbana, é perigoso porque transmite uma série de doenças. Como seu andar é lento e ele se localiza em jardins, é o alvo da brincadeira de crianças, porém, manipulá-los não é uma boa ideia, pois o contato direto já causa contágio. Os caramujos gostam de locais úmidos e com sombra, por isso, podem ser encontrados em locais com concentração de pedras, galhos, entulhos, folhas, madeiras e outros materiais similares. Muitas vezes esse molusco é confundido com o caracol. A aparência dos dois é muito próxima, mas o caramujo é um animal aquático que respira por brânquias. Já o caracol é um animal terrestre com pulmão, ou seja, não sobrevive se estiver debaixo d’água.


Disponível em: <https://rotauniprag.com.br/pragas-urbanas/caramujos/>. Acesso em: 12 maio 2018.


Em relação ao TEXTO 14 assinale a alternativa CORRETA.

24 Q685859 | Matemática, Aritmética e Problemas, Vestibular, IFPE, IF PE

Um reservatório está com 1,5 metros cúbicos de água mineral. Pretende-se encher botijões de água com capacidade de 20 litros cada um. Supondo que não haja desperdício de água no enchimento desses botijões, é CORRETO afirmar que, com toda a água contida no reservatório, encheremos a seguinte quantidade de botijões

25 Q683852 | Português, Conjunções Relação de causa e consequência, Técnico Integrado, IFPE, FUNCERN, 2025

Texto associado.

Para responder à questão, analise o trecho a seguir.


Não conseguindo que o gato comesse o papagaio, bateu-lhe mesmo — horror! — pela primeira vez. Mas o gato se recusou. Duas horas depois, porém, vencido pela fome, aproximou-se do prato e engoliu o papagaio todo. Imediatamente subiu-lhe uma ânsia do estômago, ele olhou para a dona e, enquanto esta chorava de alegria, começou a gritar (num tom meio currupaco, meio miau-miau-au, mas perfeitamente compreensível):

— Madame, foge pelo amor de Deus! Foge, madame, que o prédio vai cair! Corre, madame, que o prédio vai cair!

A conjunção “Mas”, em destaque no trecho, liga

26 Q683868 | Biologia, Níveis de organização da vida, Técnico Integrado, IFPE, FUNCERN, 2025

Um ecossistema é uma comunidade biológica composta por fatores bióticos e a sua interação com os fatores abióticos. São exemplos de fatores abióticos

27 Q680060 | Português, Parênteses, Técnico Subsequente, IFPE, IF PE

Texto associado.

TEXTO 2


FRONTEIRAS ENTRE GAMES, LIVROS E CINEMA ESTÃO CADA VEZ MENORES


(1) Interatividade, pioneirismo e criação. Essas são as palavras-chave que designam os meios do videogame, do livro e do cinema, e que levam à seguinte conclusão: o entretenimento contemporâneo nunca esteve em tamanha sincronia. Economicamente, são três plataformas com distâncias pequenas (em determinadas vertentes, até opostas), e criativamente, em consonância, a trindade do entretenimento visual caminha para um mundo com fronteiras cada vez mais ínfimas.

(2) Recentemente, o ministro da Cultura espanhol, José Guirao, apresentou um dado sucinto, mas reverberante: em menos de cinco anos, espera-se que o faturamento do país europeu em videogames ultrapasse a arrecadação do mercado literário. Atualmente, o setor editorial do país fatura cerca de 2 bilhões de euros por ano, já a indústria de videogames ficou com pouco mais de 700 milhões de euros em 2017. Por essa perspectiva, a diferença pode até parecer inalcançável, mas tudo muda se considerado que os 700 milhões de euros tinham como marca, no ano anterior, “apenas” 300 milhões, ou seja, o faturamento anual do mercado de videogames mais do que dobrou nas terras do Dom Quixote.

(3) Em geral, a alta de arrecadamento da indústria do videogame mundo afora não é necessariamente uma novidade. O instituto de data base Steam apontou, ainda em maio do ano passado, que, em mídias digitais, os jogos de computadores já rendiam mais do que o streaming de vídeo, livros e música globalmente. E se, na vertente econômica, os números ditam a narrativa, criativamente, contudo, é mais difícil perceber na prática essa exclusão de fronteiras. Mas elas existem. E, para falar sobre isso, nada melhor do que ouvir quem trabalha todo dia nesses meios.

(4) Felipe Dantas é um desenvolvedor de videogames e explica um fator chave que comunga os três meios de forma bem profunda: a narrativa. “Existem narrativas muitos fortes que ultrapassam qualquer meio. São enredos que funcionam não só nos filmes, mas também em livros e videogames. Ter essa boa narrativa é a principal forma de quebrar fronteiras”, afirma ele.

(5) Bárbara Morais é uma autora brasiliense que vê essa quebra de fronteiras de uma maneira extremamente positiva: “É super interessante, eu acho que não existem mais barreiras, na verdade. Lembro que um dos meus jogos favoritos tinha uma enciclopédia de personagens e passos, e eu parava para ficar lendo, em um jogo! Eu amava. Eu acho que está tudo integrado, as ideias são contadas de várias formas diferentes e cada meio dá uma roupagem diferente para a história. Cada uma dessas obras acaba completando a outra”.

(6) Mas existe o risco dos livros perderem público para outros meios? De acordo com a autora, não: “Eu acho que, querendo ou não, sempre vai ter um (meio de entretenimento) mais popular, eu não acho que um interfere na produtividade do outro, os meios e as formas de contar história são independentes e podem se manter”. Bárbara também deixa claro como reagiria caso uma de suas obras literárias fosse adaptada para outros meios: “Eu ia amar, mesmo que não fosse uma adaptação boa, ia popularizar meu trabalho; eu toparia, sim”.

(7) Segundo o professor do departamento de comunicação da Universidade Católica de Brasília, Ciro Inácio Marcondes, a ideia de uma consciência “transmídia” não é algo novo, pelo contrário, já marca um fluxo de conhecimento da humanidade - “como desde o texto oral para os livros” -, mas, atualmente, ganha um panorama monetário: “Essa questão da intermidialização tem se proliferado no contexto da comunicação, e essas narrativas transmídias passam não só pelos meios que foram criados, mas, também, por redes sociais, marketing, e isso funciona, inclusive, como uma nova economia”.

(8) Mas, afinal, o fim das fronteiras no entretenimento é para o bem ou para o mal? A questão principal dessa discussão não tem uma solução simples: “Eu, sinceramente, não consigo ter uma opinião qualitativa. É muito complexo “bater o martelo”. É um fenômeno que já acontece, o grande desafio é você marcar cada cultura com uma vertente, e a expectativa é isso aumentar, pois as mídias já são muito manipuláveis e isso não tem como mudar, é um circuito novo que já está aí”, conclui o acadêmico.


NUNES, Ronayre. Fronteiras entre games, livros e cinema estão cada vez menores.

Disponível Em:

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-earte/2019/02/24/interna_diversao_arte,739280/relacao-entre-games-e-filmes.shtml. Acesso em: 25 out. 2019

(adaptado).




Os parênteses foram utilizados em “sempre vai ter um (meio de entretenimento) mais popular” (6º parágrafo) para

28 Q680073 | Biologia, Vertebrados, Técnico Subsequente, IFPE, IF PE

Texto associado.

TEXTO 9


CINCO NOVAS ESPÉCIES DE AVES FORAM REGISTRADAS EM PERNAMBUCO


Jonathas Lins e Victor Leandro participaram da observação e da documentação de cada uma das aves; taperuçu-velho e sabiá-una estão entre as espécies registradas


Cientistas, pesquisadores e biólogos já identificaram 1.919 espécies de aves no território Brasileiro. Dessas, 1.294 ocorrem na Amazônia e 1.035 vivem também na Mata Atlântica, casa para 351 espécies endêmicas.

Em parceira com cientistas e observadores de aves, o biólogo Victor Leandro, junto do colega de profissão Jonathas Lins, participou do registro documentado de cinco novas espécies identificadas no estado de Pernambuco. Piru-piru, saíra-viuvinha, taperuçu-velho, sabiá-norte-americano e sabiá-una foram observados e identificados cientificamente durante saídas a campo.


BUCHERONI, Giulia. Cinco novas espécies de aves foram registradas em Pernambuco. Disponível em:

<https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2018/07/25/cinco-novas-especies-de-aves-foramregistradas-em-pernambuco.ghtml> 25/07/2018 10h29 Atualizado há um ano. Acesso em: 12 out. 2019

(adaptado).

As aves são animais vertebrados que, entre muitas características, possuem o corpo revestido de penas. Leia as alternativas a seguir, sobre esse grupo de animais, e assinale a que estiver CORRETA.

29 Q680086 | Matemática, Porcentagem, Técnico PROEJA, IFPE, IF PE

Três amigas − Ana, Simone e Marília − resolveram abrir uma loja para vender roupas e bolsas. Elas procuraram um especialista para obter informações sobre como tabelar os preços de suas mercadorias. O especialista informou o seguinte:
(1) se a venda fosse em dinheiro, o valor da mercadoria deveria ser aumentado em 30% em relação ao preço de compra, que é a chamada margem de lucro. (2) se a venda fosse em cartão de débito, após o aumento de 30%, elas deveriam acrescentar a taxa de 3% cobrada pela administradora da máquina. (3) se a venda fosse em cartão de crédito, após o aumento de 30%, elas deveriam acrescentar a taxa de 5% cobrada pela administradora da máquina.
Então, se elas compraram uma bolsa por R$120,00, qual deve ser o preço dessa bolsa para uma venda no cartão de crédito?

30 Q683851 | Português, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Técnico Integrado, IFPE, FUNCERN, 2025

Texto associado.
A questão refere-se ao texto a seguir.

No dia em que o gato falou

Era uma vez uma dama gentil e senil que tinha um gato siamês. Gato de raça, de bom-tom, de filiação, de ânimo cristão. Lindo gato, gato terno, amigo, pertencente a uma classe quase extinta de antigos deuses egípcios. Esse gato só faltava falar. Manso e inteligente, seu olhar era humano. Mas falar, não falava. E sua dona, triste, todo dia passava uma ou duas horas, repetindo sílabas e palavras para ele, na esperança de que um dia aquela inteligência que via em seu olhar explodisse em sons compreensivos e claros. Mas nada!

A dama gentil e senil era, naturalmente, incapaz de compreender o fenômeno. Tanto mais que ali mesmo à sua frente, preso a um poleiro de ferro, estava um outro ser, também animal, inferior até ao gato, pois era somente uma pobre ave, mas que falava! Falava mesmo, muito mais do que devia. Um papagaio, que falava pelas tripas do Judas. Curiosa natureza, pensava a mulher, que fazia um gato quase humano, sem fala, e um papagaio cretino mas parlapatão. E quanto mais meditava mais tempo gastava com o gato no colo, tentando métodos, repetindo sílabas, redobrando cuidados para ver se conseguia que seu miado virasse fala.

Exatamente no dia 16 de maio de 1958 foi que teve a ideia genial. Quando a ideia iluminou seu cérebro, veio acompanhada da crítica, autocrítica: “Mas, como não me ocorreu isso antes?”, perguntou ela para si própria, muito gentil e senil como sempre, mas agora também autopunitiva. “Como não me ocorreu isso antes?” O papagaio viu no brilho do olhar da dona o seu (dele) terrível destino e tentou escapar. Mas estava preso. Foi morto, depenado e cozinhado em menos de uma hora. Pois o raciocínio da mulher era lógico e científico: se desse ao gato o papagaio como alimentação, não era evidente que o gato começaria a falar? Era? Não era? Veria. O gato, a princípio, não quis comer o companheiro. Temendo ver fracassado o seu intuito, a dama gentil e senil procurou forçá-lo. Não conseguindo que o gato comesse o papagaio, bateulhe mesmo — horror! — pela primeira vez. Mas o gato se recusou. Duas horas depois, porém, vencido pela fome, aproximou-se do prato e engoliu o papagaio todo. Imediatamente subiu-lhe uma ânsia no estômago, ele olhou para a dona e, enquanto esta chorava de alegria, começou a gritar (num tom meio currupaco, meio miau-miau-au, mas perfeitamente compreensível):

— Madame, foge pelo amor de Deus! Foge, madame, que o prédio vai cair! Corre, madame, que o prédio vai cair!

A mulher, tremendo de emoção e alegria, chorando e rindo, pôs-se a gritar por sua vez:
— Vejam, vejam, meu gatinho fala! Milagre! Milagre! Fala o meu gatinho!

Mas o gato, fugindo ao seu abraço, saltou para a janela e gritou de novo:

— Foge, madame, que o prédio vai cair! Madame, foge! — e pulou para a rua.

Nesse momento, com um estrondo monstruoso, o prédio inteiro veio abaixo, sepultando a dama gentil e senil em meio aos seus escombros.

O gato, escondido melancolicamente num terreno baldio, ficou vendo o tumulto diante do desastre e comentou apenas, com um gato mais pobre que passava:

— Veja só que cretina. Passou vida inteira para me fazer falar e, no momento em que falei, não me prestou a mínima atenção.


Moral: O mal do artista é não acreditar na própria criação.


FERNANDES, Millôr. In: Antologia do Pasquim, volume III: 1973-1974. Rio de Janeiro: Desiderata, 2009.
Considerando as suas características, no texto, existe a presença
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