Uma carta para Freud
Caro Freud,
Resolvi lhe escrever uma carta porque o senhor
anda muito ocupado e eu demoro demais para me fazer
compreender verbalmente. Aqui, nesta carta, acho que
consigo ser franco e direto.
Hoje resolvi aplicar alguns de seus conselhos. E outros
do Facebook. O senhor mencionou que eu precisava
encontrar prazer no meu trabalho. Pois bem, resolvi
espalhar chocolate em todas as mesas, pias, balcões e
até no banheiro.
Romanticamente, a história é mais complicada. Sempre
que nos encontramos, o senhor pergunta: “E as namoradas,
como vão?”. Realmente, doutor Freud, nunca entendi o
porquê do plural. Mas já que tocamos no assunto, acho
que precisarei de um pouco mais do que chocolate para
resolver este problema. O senhor disse que o segredo do sucesso é fazer as
mulheres rirem. Mas rir de mim também conta?
O senhor também mencionou que eu não poderia
deixar as garotas me encararem como amigo, não foi?
“Mulheres nunca se apaixonam por amigos”. Tentei aplicar
este conselho.
Ah, meu amigo Sigmund. A vida não é nada fácil. Pela
expressão fechada em seu rosto, o senhor deve me entender.
Podíamos sair para tomar uma cerveja. Ver luzes, ouvir
pessoas, essas coisas. Acho que lhe faria bem, também.
MARTINZ, J. Disponível em: https://corrosiva.com.br.
Acesso em: 24 out. 2021.
O trecho que faz referência ao vocativo inicial da carta
“Caro Freud” é
a) “me fazer compreender verbalmente”.
b) “resolvi espalhar chocolate em todas as mesas”.
c) “Romanticamente, a história é mais complicada.”.
d) “Mas rir de mim também conta?”.
e) “Pela expressão fechada em seu rosto”.