Questões de Vestibular: Atores e Instituições

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1 Q683364 | Relações Internacionais, Atores e Instituições, Relações Internacionais, MEC, INEP, 2022

As fronteiras entre prevenção de conflitos (Conflict Prevention), pacificação (Peacemaking), manutenção da paz (Peacekeeping), construção da paz (Peacebuilding) e imposição da paz (Peace Enforcement) tornaram-se cada vez mais indistintas. As operações de paz raramente se limitam a um tipo de atividade. Embora as operações de manutenção da paz da Organização das Nações Unidas (ONU) sejam, em princípio, implantadas para apoiar a implementação de um cessar-fogo ou de um acordo de paz, muitas vezes elas são obrigadas a desempenhar um papel ativo nos esforços de pacificação. As operações multidimensionais de manutenção da paz de hoje facilitam o processo político, protegem civis, auxiliam no desarmamento, desmobilização e reintegração de ex-combatentes, apoiam a organização de eleições, protegem e promovem os direitos humanos e ajudam a restaurar o Estado de Direito.
Disponível em: https://peacekeeping.un.org/en/terminology. Acesso em: 24 jun. 2022 (adaptado).

Considerando o texto apresentado, é correto afirmar que, as Operações de Paz das Nações Unidas

2 Q683365 | Relações Internacionais, Atores e Instituições, Relações Internacionais, MEC, INEP, 2022

O advento de um núcleo industrial na Europa do século XVIII provocou ruptura na economia mundial da época e passou a condicionar o desenvolvimento econômico subsequente em quase todas as regiões da Terra. O contato das vigorosas economias capitalistas com essas regiões de antiga colonização não se fez de maneira uniforme. Em alguns casos, o interesse se limitou à abertura de linhas de comércio. Em outras, houve, desde o início, o desejo de fomentar a produção de matérias-primas cuja procura crescia nos centros industriais. O efeito do impacto da expansão capitalista sobre as estruturas arcaicas variou de região para região, ao sabor das circunstâncias locais, do tipo de penetração capitalista e da intensidade desta. Contudo, a resultante foi quase sempre a criação de estruturas híbridas, uma parte das quais tendia a comportar-se como um sistema capitalista, a outra, a manter-se dentro da estrutura preexistente. Esse tipo de economia dualista constituiu, especificamente, o fenômeno do subdesenvolvimento contemporâneo.
FURTADO, C. Desenvolvimento e Subdesenvolvimento. 5. ed. Rio de Janeiro: Contraponto, 2009, p. 160-61 (adaptado).

Considerando as bases do capitalismo moderno e as origens do subdesenvolvimento, avalie as afirmações a seguir.
I. A persistência de estrutura pré-capitalista ao lado de setores modernos é um dos fatores responsáveis pelo subdesenvolvimento dos países periféricos.
II. O modelo de Industrialização por Substituição de Importação, com o decorrer dos anos, tornou-se uma das causas do subdesenvolvimento.
III. A difusão desigual do progresso técnico impacta negativamente o desenvolvimento dos países da periferia.
IV. A escassez de matérias-primas nos países periféricos contribui para seu subdesenvolvimento.
É correto apenas o que se afirma em

3 Q683366 | Relações Internacionais, Atores e Instituições, Relações Internacionais, MEC, INEP, 2022

A maioria dos comentaristas e políticos dos Estados Unidos da América, da Europa e de Israel adverte que um Irã com armas nucleares seria o pior resultado possível do atual impasse nuclear. Na verdade, provavelmente seria o melhor resultado possível.
WALTZ, K. Why Iran should get the bomb? Foreign Affairs, v. 91, n. 2, agosto, 2012 (traduzido).

Considerando a posição do autor, expressa no texto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. Para Waltz, faria sentido que o Irã procurasse produzir a bomba atômica, para contrabalançar, no Oriente Médio, o poderio de Israel, que seria dissuadido de usar seu armamento nuclear.
PORQUE
II. A teoria neorrealista proposta por Waltz é ofensiva e sustenta que o Estado busca aumentar seu poder militar para garantir sua sobrevivência e desafiar o equilíbrio de poder nas relações internacionais.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.

4 Q683370 | Relações Internacionais, Atores e Instituições, Relações Internacionais, MEC, INEP, 2022

No filme “Antes da Chuva”, do cineasta macedônio Milcho Manchevski, o protagonista Aleksansar Kirkov, um premiado fotógrafo, revela, em uma carta à amante inglesa, após o retorno à sua terra natal, a recém-liberta Macedônia, um fato marcante que vivenciou durante a guerra da Bósnia (1992-1995):
Querida Anne, o tempo está bom, vai chover... esse lugar não mudou. Mas meus olhos mudaram, como um filtro novo na lente. Eu tinha lhe dito que matara. Fiquei amigo de um miliciano e me queixei de que não estava conseguindo fotos chocantes. “Não tem problema”, disse ele. Tirou um preso da fila e o fuzilou. “Fotografou?”, perguntou. “Fotografei. Tomei partido. Minha câmara matou um homem...”
Antes da Chuva. Direção: Milcho Manchevski. Lume Filmes, 1994, DVD (104 min), título original: Before the Rain.

As imponderáveis reações humanas nos conflitos bélicos motivaram importantes reflexões do estrategista militar Clausewitz (1780-1831), que analisou o que denominou como forças morais no desenvolvimento das batalhas. Articulando a passagem descrita do filme e as ideias de Clausewitz, avalie as afirmações a seguir.
I. A afirmação do protagonista no trecho “Tomei partido. Minha câmara matou um homem” permite inferir a ampla e irracional adesão da população civil em conflitos bélicos.
II. A banalização do assassinato efetuado pelo miliciano bósnio é corroborada pela ideia de Clausewitz de que a eficácia da vitória é medida pelo número de mortes do adversário.
III. Os limites éticos do uso da força e dos objetivos políticos, de acordo com Clausewitz, devem ser considerados mesmos em circunstâncias e ressentimentos suscitados em conflitos.
IV. O assassinato de um adversário deixa de ser ético quando o inimigo pode ser desarmado, conforme afirmava Clausewitz, portanto, a atitude do miliciano bósnio contraria a sua noção de ética.

É correto apenas o que se afirma em

5 Q683371 | Relações Internacionais, Atores e Instituições, Relações Internacionais, MEC, INEP, 2022

Durante a Guerra Fria, a pax americana impôs, de forma radical, seus dois comandos sobre a América Latina: o livre fluxo dos capitais norte-americanos, sobre o qual ela se assentaria e o combate ao comunismo. A segurança adquiriu a forma coletiva ao conjugar, por meio das organizações regionais, essas duas opções, uma econômica e outra militar, a dupla face dos interesses veiculados pela política exterior norte-americana. As interpretações da historiografia convergem, contudo, sobre a hipótese de haver, a América Latina, cedido aos interesses norte-americanos sem barganhar.
CERVO, A. L. Inserção internacional: formação dos conceitos brasileiros. São Paulo: Saraiva, 2008 (adaptado).

Acerca das informações apresentadas no texto e da política exterior do Brasil entre 1945 e 1964, avalie as afirmações a seguir.
I. O governo de Eurico Gaspar Dutra (1946- 1951) alimentou a crença de que o Brasil receberia tratamento privilegiado dos Estados Unidos da América em razão da cooperação na Segunda Guerra Mundial.
II. O segundo governo de Getúlio Vargas (1951-1954) estabeleceu novas relações com os países comunistas, visando atrair investimento para a indústria de base nacional.
III. O governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961) enfraqueceu a carga ideológica pró Estados Unidos da América, apostando nos efeitos da Operação Pan-Americana.
IV. Os governos de Jânio Quadros (1961) e de João Goulart (1961-1964) redefiniram a relação do Brasil com os Estados Unidos da América ao propor autonomia decisória, em face da bipolaridade.

É correto apenas o que se afirma em

6 Q683369 | Relações Internacionais, Atores e Instituições, Relações Internacionais, MEC, INEP, 2022

O período entre 1875 e 1914 pode ser chamado de Era dos Impérios não apenas por ter criado um novo tipo de imperialismo, mas também por um motivo muito mais antiquado. Foi o período da história mundial moderna em que chegou ao máximo o número de governantes que se autodenominavam imperadores. Em um sentido menos superficial, o período que nos ocupa é obviamente a era de um novo tipo de império, o colonial. A supremacia econômica e militar dos países capitalistas há muito não seria seriamente ameaçada entre 1880 e 1914, e a maior parte do mundo, à exceção da Europa e das Américas, foi formalmente dividida em territórios sob governo direto ou sob dominação política indireta de um ou outro Estado de um pequeno grupo.
HOBSBAWM, E. A Era dos Impérios. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 2012 (adaptado).

Considerando o texto apresentado, avalie as afirmações a seguir.
I. A guerra da Crimeia (1853-1856), a unificação alemã (1871) e a unificação italiana (1871) destruíram os pilares da ordem internacional estabelecidos no Congresso de Viena (1815), passando a vigorar, em seu lugar, um frágil equilíbrio de poder, conhecido como “paz armada”, encerrado com o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914.
II. Os impérios globais foram estabelecidos pelas grandes potências, impulsionadas por diversos vetores, tais como a segunda revolução industrial, os nacionalismos exacerbados e a difusão das teorias darwinistas sociais, entre a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX.
III. O Japão, durante a Era Meiji, vivenciou um processo de grande crescimento econômico, de modernização dos aparelhos de Estado, de "ocidentalização" da sociedade japonesa e de centralização do poder em torno dos Xogunatos, em detrimento do poder do Imperador, fazendo com que o país se tornasse uma potência imperialista com interesses globais.
É correto que se afirma em

7 Q683368 | Relações Internacionais, Atores e Instituições, Relações Internacionais, MEC, INEP, 2022

O regime de não proliferação tornou-se um tema central na agenda de política internacional, em particular, das potências ocidentais e da Rússia, no pós-Guerra Fria. O fim da URSS, o renascimento nuclear, as preocupações sobre a segurança de instalações nucleares em países menos desenvolvidos, a percepção de ameaças terroristas e de uso de armas de destruição em massa, a descoberta de redes clandestinas de comércio e transferência de tecnologia nuclear, a erosão de barreiras técnicas para o desenho de armas nucleares são alguns dos estímulos para esse enfoque.
HERZ, M.; LAGE, V. C. Brics e a questão nuclear: contestações e reafirmações diante dos mecanismos de governança global. São Paulo: Carta Internacional. USP, v. 6, n. 2, 2011 (adaptado).

A respeito do regime de não proliferação e das diferentes dimensões da governança relativa à temática nuclear no pós-Guerra Fria, avalie as afirmações a seguir.
I. A natureza dual da tecnologia nuclear e a preocupação das potências emergentes com a possibilidade de o regime de não proliferação ser utilizado como mecanismo de constrangimento de acesso à tecnologia nuclear são fatores que contribuem para as dificuldades da governança global relativa a esse tema.
II. A partir dos anos 1990, em consonância com a ideia de igualdade entre os Estados e com os termos do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), as potências nucleares passaram a agir progressivamente para abolir seus respectivos arsenais.
III. A Conferência de Desarmamento e a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas tornaram-se os dois principais fóruns para lidar com questões normativas relacionadas à proliferação nuclear, no pós-Guerra Fria.

É correto o que se afirma em

8 Q683360 | Relações Internacionais, Atores e Instituições, Relações Internacionais, MEC, INEP, 2022

O Sistema de Bretton Woods entrou finalmente em colapso em agosto de 1971, quando, sem prévio aviso, os EUA declararam não mais honrar o compromisso assumido em 1944 e suspenderam unilateralmente a conversibilidade do dólar em ouro. Esforços tendentes a restaurar o equilíbrio com base em novas paridades fracassaram e, desde 1973, com as modificações pertinentes introduzidas no convênio constitutivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), a economiamundial vive emumregime de ausência total de paridades correlacionadas, ou seja, em um "não-sistema" monetário internacional.
ALMEIDA, P. R. As duas últimas décadas do século XX: fim do socialismo e retomada da globalização. In: SARAIVA, J. F. S. Relações Internacionais: dois séculos de história. 1. ed. Brasília: Editora UnB, p. 253-316, 2006 (adaptado).

Acerca das transformações da economia internacional após o colapso do Sistema de Bretton Woods, assinale a opção correta.
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