A prefeitura de um município contava, em 2002, com 105 mil funcionários estáveis e ativos, dos quais
cerca de 100 mil eram avaliados anualmente. De acordo com as normas da época, a avaliação de
desempenho deveria ser anual e sua função era estritamente ligada à promoção por merecimento.
Como havia esse caráter restrito, após certo grau de promoção, os funcionários deixavam de ser
avaliados. A avaliação dos funcionários era feita pelas respectivas chefias imediatas, por meio de
instrumento padronizado, com critérios estabelecidos em um formulário, enviado pelo órgão central
de recursos humanos. Depois de avaliado, o funcionário deveria ratificar o formulário, encaminhado,
então, para a central de recursos humanos da prefeitura, responsável apenas por computar os
pontos dados a cada funcionário, não conferindo importância a eventuais observações da chefia ou a
necessidades de treinamento e desenvolvimento de pessoal anotadas nas avaliações.
LOTTA, G. S. Avaliação de desempenho na área pública: perspectivas e propostas frente a dois casos práticos.
RAE-eletrônica , p. 1-12, v. 1, n. 2, jul./dez. 2002 (adaptado).
Com base nas informações apresentadas nessa situação hipotética, avalie as afirmações a seguir.
I. O padrão de avaliação descrito no texto é considerado um modelo clássico de avaliação de
desempenho, uma vez que se baseava no passado laboral dos funcionários e não previa para eles
um plano de desenvolvimento de competências.
II. A avaliação de desempenho tinha como finalidade a promoção de cargo e o ajuste salarial e, a
partir do limite de quantidade de promoção, o funcionário não era mais avaliado.
III. A padronização do instrumento elaborado pelo setor de recursos humanos e a obrigatoriedade
da aplicação anual garantiam a equidade na avaliação de desempenho aplicada aos servidores
da prefeitura. É correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.