A culinária tradicional brasileira não é, necessariamente, o
resultado da miscigenação entre as culturas europeia,
indígena e negra. Não se pode dizer que o processo tenha
sido de combinação igualitária: trata-se de uma história de
dominação em que colonizadores se adaptaram à
alimentação local, indígena, utilizando-a para seus
propósitos expansionistas. O processo histórico de
constituição da culinária do Brasil se deu com muita
violência e apagamento, como o de técnicas indígenas de
cozimento e preparo que eram usadas e seguem sendo
utilizadas, mas que não aparecem nos livros de culinária e
enciclopédias como sendo dos povos originários. (Adaptado de: DESTRI, L. Da mandioca ao milho, do indígena ao caipira.
Revista Pesquisa FAPESP , dezembro de 2018. p. 88-89). Sobre a formação histórica das práticas alimentares no
Brasil, é correto afirmar que
a) este foi um processo harmonioso em que portugueses,
indígenas e africanos contribuíram com suas diferentes
tradições e saberes sobre plantas e preparo de
alimentos.
b) a mandioca trazida da África pelos africanos
escravizados forneceu um dos alimentos básicos para
a composição equilibrada da alimentação indígena e
portuguesa.
c) as práticas alimentares de diferentes origens foram
combinadas por meio de relações conflituosas,
apropriação de saberes indígenas e invisibilidade de
seu protagonismo.
d) o milho e a batata trazidos da Europa pelos
portugueses exerceram papel importante na formação
das práticas alimentares do Brasil colonial e no
combate à fome.