Leia o fragmento a seguir:
"[...] 'Por natureza', a juventude está na primeira linha dos
que vivem e lutam por Eros contra a Morte e contra uma civilização que se esforça por encurtar o atalho para a morte,
embora controlando os meios capazes de alongar esse percurso. Mas, na sociedade administrativa, a necessidade biológica não redunda imediatamente em ação; a organização exige
contra-organização. Hoje, a luta pela vida, a luta por Eros, é a
luta política".
(Fonte: MARCUSE, Herbert. Eros e civilização: uma interpretação
filosófica do pensamento de Freud. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro:
Zhar, 1975. p.23)
Embora haja um forte engajamento político, como o próprio texto demonstra, na obra de Herbert Marcuse (1898-1979),
os deuses gregos Eros e Thanatos emprestam suas personalidades (poderes de representação), enquanto símbolos, para
nomear os elementos humanos da vida e da morte. Esta análise, a partir dos textos freudianos, também desvela concepções éticas e estéticas em âmbito individual e coletivo.
Diante disso, assinale a alternativa correta, quanto ao modo
dos dois autores conceberem ambos os conceitos, a saber,
morte e vida.
a) Freud entende que a pulsão de vida, simbolizada por
Thanatos, alimenta Eros.
b) Tanto Freud quanto Marcuse assumem os conceitos morte e vida, sob a acepção de impulsos ou instintos humanos.
c) Marcuse, ao contrário de Freud, defende que, apesar da
morte ser uma constante, a vida é o mais importante.
d) Tanto Marcuse quanto Freud acatam o fato de o destino
ser promovido pelos deuses.