A quinta-feira não começou bem para o repórter João Carlos. Os colegas o seguiram com os olhares da porta da redação à sua mesa. Um deles o advertiu: "tem um recado aí pra você". A tira de papel sobre o teclado fez o coração do novato João Carlos acelerar. "Me encontre na sala do diretor!", dizia a mensagem do editor, em tom que soou ameaçador ao repórter. Logo ele associou o recado à reclamação do secretário de Educação, fonte em uma matéria veiculada na edição daquele dia. No entre aspas do texto do repórter, o secretário sentenciava: "chegaremos a estatísticas alarmantes, com mortes de estudantes todos os dias." A "profecia" do secretário apareceu descontextualizada, não considerando as condições antes enumeradas pela fonte, como "se nada for feito...", "se a comunidade escolar não se mobilizar...", etc. Em seu lead, o jornalista afirmava que o secretário manifestava uma postura pessimista sobre violência na escola, ressaltando a impossibilidade de quaisquer mudanças. Enquanto seguia para a sala da direção, João Carlos procurava, no gravador, o áudio do trecho usado na matéria. "Foi ele que disse, eu não tenho culpa. Foi ele que disse, eu não tenho culpa", repetia a si mesmo, tentando se tranqüilizar. Abaixo estão prescrições do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros. Assinale a alternativa que se relaciona à situação acima.
a) A presunção de inocência é um dos fundamentos da atividade jornalística.
b) O jornalista deve manter relações de respeito e solidariedade no ambiente de trabalho.
c) O jornalista não pode divulgar informações, visando o interesse pessoal ou buscando vantagem econômica.
d) O jornalista é responsável por toda a informação que divulga, desde que seu trabalho não tenha sido alterado por terceiros, caso em que a responsabilidade pela alteração será de seu autor.
e) O jornalista deve lutar pela liberdade de pensamento e de expressão.