Ser homem ou mulher é uma construção que ocorre em níveis muito além do biológico, significando
que não é algo instalado em um genital. A identidade de gênero pautada em uma concepção binária
é um reducionismo humano e deve ser reconhecida como uma construção cultural que insiste em
determinismo biológico, assumindo posturas que padronizam um alinhamento entre sexo, gênero
e desejo. Diante dessas posturas normativas é que podemos compreender a legitimidade de uma
classificação psicopatológica referente à pluralidade das identidades de gênero como também
estigmatizações, ações discriminatórias e excludentes que fortalecem a marginalização.
BENEDET, A. M. et al . Psicologia e transtorno de identidade de gênero . II Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul
Catarinense – SICT-Sul, 2013 (adaptado).
A respeito das questões de gênero e transexualidade, avalie as afirmações a seguir.
I. A discussão acerca da transexualidade implica um olhar histórico e cultural do nosso contexto
sobre conceito ou categorização de corpo, sexo e sexualidade.
II. A transexualidade, por ser considerada uma psicopatologia, requer a atuação das equipes
multiprofissionais de saúde para minimizar o sofrimento psíquico. III. O processo terapêutico no cuidado à pessoa transexual deve ser orientado pelas vivências do sujeito,
suas dificuldades, desejos, autonomia e as implicações decorrentes de processos discriminatórios
e excludentes.
IV. A compreensão da transexualidade como patologia se constitui historicamente ao longo dos
séculos XVIII e XIX, quando o corpo, em suas dimensões individual e social, torna-se objeto de
medicalização pelo poder biomédico.
É correto apenas o que se afirma em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.