TEXTO I
E pois que em outra cousa nesta parte me não posso
vingar do demônio, admoesto da parte da cruz de Cristo
Jesus a todos que este lugar lerem, que deem a esta terra
o nome que com tanta solenidade lhe foi posto, sob pena
de a mesma cruz que nos há de ser mostrada no dia final,
os acusar de mais devotos do pau-brasil que dela.
BARROS, J. In: SOUZA, L. M. Inferno atlântico : demonologia e colonização:
séculos XVI-XVIII. São Paulo: Cia. das Letras, 1993.
TEXTO II
E deste modo se hão os povoadores, os quais, por
mais arraigados que na terra estejam e mais ricos que
sejam, tudo pretendem levar a Portugal, e, se as fazendas
e bens que possuem souberam falar, também lhes
houveram de ensinar a dizer como os papagaios, aos
quais a primeira coisa que ensinam é: papagaio real para
Portugal, porque tudo querem para lá.
SALVADOR, F. V. In: SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil :
cotidiano evida privada na América portuguesa. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
As críticas desses cronistas ao processo de colonização
portuguesa na América estavam relacionadas à
a) utilização do trabalho escravo.
b) implantação de polos urbanos.
c) devastação de áreas naturais.
d) ocupação de terras indígenas.
e) expropriação de riquezas locais.