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Questões de Vestibular: Períodos Compostos Orações Coordenadas

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Texto II
Estrelas além do tempo
Alex Gonçalves
 Após todas as discussões sobre representatividade que permearam o último ano hollywoodiano, “Estrelas Além do Tempo” [2016] se apresenta para o público com um timing perfeito. Há tempos não nos víamos inseridos em um cenário no qual as ideologias reacionárias estão tão evidentes, assim como os protestos em busca pela igualdade. Portanto, nada melhor do que a ficção para nos relembrar de outros períodos também nefastos que não calaram a atuação de heróis anônimos.    
No caso de “Estrelas Além do Tempo”, temos uma história que enaltece três figuras reais da NASA até então mantidas anônimas. Tratam-se de Katherine G. Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughan (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), três mulheres negras essenciais para o sucesso da missão do astronauta John Glenn (Glen Powell) em alcançar a lua.
    
Entretanto, estamos aqui nos não tão distantes anos 1960, em uma Virgínia segregada e com poucos afroamericanos exercendo profissões que exigem um perfil lógico. Por isso mesmo, as vidas de Katherine, Dorothye Mary foram triplamente difíceis justamente pela raça e gênero a que pertencem.
Sempre unidas antes e após o expediente de trabalho, essas mulheres enfrentam sozinhas em suas competências os preconceitos que impedem as suas evoluções. Solicitada pelo departamento comandado por Al Harrison (Kevin Costner) para fazer os cálculos que devem assegurar o sucesso da decolagem do foguete que lançará John Glenn às alturas, Katherine é diariamente hostilizada pelos colegas, todos homens e brancos.
Já em seu setor, Dorothy tem todos os seus pedidos de promoção sabotados pelo intermédio de Vivian (Kirsten Dunst), enquanto Mary não consegue desempenhar a função de engenheira por ser impedida de ingressar em uma universidade.
Mesmo com todas essas circunstâncias, elas não desistirão de provar as singularidades que possuem, visualizando os obstáculos não como limites, mas como incentivos para continuarem perseverando. Temos com isso aquele modelo de narrativa cinematográfica que encanta desde os tempos do tramp de Charlie Chaplin, no qual a vontade para ganhar um lugar ao sol é maior do que as adversidades.
Diretor de “Um Santo Vizinho”, Theodore Melf se apropria do texto de Allison Schroeder compreendendo muito bem as características desse cinema inspirado e inspirador, contornando com traços ficcionais uma história real para ser efetivo principalmente em seus gritos de protesto. É especialmente arrebatadora a explosão de Katherine ao finalmente externar a sua humilhação ao precisar se prestar a um trajeto de mais de um quilômetro para ir ao banheiro exclusivo para negros. Não ficam muito atrás o fervor de Dorothy e Mary em se provarem extremamente capazes de enfrentar novos desafios.
Além do mais, Melf conduz com uma ?uidez invejável algo que, em teoria, não tem qualquer encanto. Mesmo o mais avesso aos raciocínios de exatas se verão imediatamente hipnotizados com números e fórmulas que se revelam não somente como uma ciência complexa, como também como instrumentos sociais que só engrenam quando os seus operadores se reconhecem como semelhantes.
Publicado em 09/02/2017. Disponível em: . Acesso em: 30/03/2018.

Entretanto, estamos aqui nos não tão distantes anos 1960, em uma Virgínia segregada e com poucos afro-americanos exercendo profissões que exigem um perfil lógico. Por isso mesmo, as vidas de Katherine, Dorothy e Mary foram triplamente difíceis justamente pela raça e gênero a que pertencem.”

No trecho acima, os termos grifados indicam relações semânticas de:
Texto associado.
1 O mal banal caracteriza-se pela ausência do
pensamento. O praticante do mal se submete de tal forma a
uma lógica externa, que não enxerga a sua responsabilidade
4 nos atos que pratica. Quem pensa resiste à prática do mal. Ao
relacionar o mal ao vazio reflexivo, a filósofa Hannah Arendt
aponta para uma possível compreensão da violência nas
7 sociedades contemporâneas, nas quais o mal se realiza na
banalidade, na injustiça e nas radicais práticas de violência
contra apátridas, imigrantes, mulheres, desempregados,
10 indígenas, negros, homossexuais, crianças, idosos e a natureza.
Odílio Alves Aguiar Violência e banalidade do mal In: Cult,
n º 9, ano 21, edição especial, jan /2018, p 31 (com adaptações)
Considerando o trecho de texto precedente, julgue os itens 74 e 75
e faça o que se pede no item 76, que é do tipo C.
O trecho “que não enxerga a sua responsabilidade nos atos que pratica” (R. 3 e 4) constitui uma oração adjetiva que modifica o termo “lógica externa” (R.3).