Questões de Vestibular: Teorias e Práticas para o Ensino Religioso

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1 Q683447 | Pedagogia, Teorias e Práticas para o Ensino Religioso, Teologia, MEC, INEP, 2022

Ocorre saudar favoravelmente a atenção crescente à qualidade de vida e à ecologia, que se registra sobretudo nas sociedades mais avançadas, nas quais os anseios das pessoas já não estão concentrados tanto nos problemas da sobrevivência, mas, sobretudo, na procura de um melhoramento global das condições de vida. Particularmente significativo é o despertar da reflexão ética acerca da vida: a aparição e o desenvolvimento cada vez maior da bioética favoreceu a reflexão e o diálogo — entre crentes e não crentes, como também entre crentes de diversas religiões — sobre problemas éticos, mesmo fundamentais, que dizem respeito à vida do homem.
JOÃO PAULO II. Encíclica Evangelium Vitae. Disponível em: http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/encyclicals/. Acesso em: 19 ago. 2022 (adaptado).

Na perspectiva abordada no texto, o diálogo interdisciplinar de temas referentes à vida humana demonstra que

2 Q683446 | Pedagogia, Teorias e Práticas para o Ensino Religioso, Teologia, MEC, INEP, 2022

O dever dos ministros pastorais é representar a Igreja de modo amoroso e fiel por meio dos vários ministérios. Como ministros da missão pastoral das igrejas, não agimos mais simplesmente como indivíduos, mas como representantes da Igreja. Não importa quão carismáticos ou proféticos sejamos, devemos representar mais que o nosso ver pessoal. Como representantes públicos das igrejas, devemos observar como nossas ações afetam todo o bem-estar da comunidade.
GULA, R. M. Ética no ministério pastoral. São Paulo: Edições Loyola, 2001, p. 72 (adaptado).
A partir da concepção apresentada no texto sobre o dever dos ministros pastorais, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. O chamado divino de um ministro sagrado precede à sua missão e, por isso, o seu ministério também é mais importante que os demais ministérios da comunidade.
PORQUE
II. O ministério pastoral pode ser visto como vocação e profissão, pois implica reorganização das responsabilidades morais de um ministro pastoral, advindas de convenções sociais relativas a qualquer profissão e também como um chamado de Deus.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.

3 Q683442 | Pedagogia, Teorias e Práticas para o Ensino Religioso, Teologia, MEC, INEP, 2022

O que significaria para o mundo de amanhã se os líderes religiosos de todas as grandes e também das pequenas religiões se pronunciassem decididamente em favor da responsabilidade pela paz, pelo amor ao próximo, pela não-violência, pela reconciliação e pelo perdão? Se, em vez de ajudar a provocar conflitos, elas se engajassem em solucionar conflitos? Todas as religiões do mundo devem hoje reconhecer a sua corresponsabilidade pela paz mundial.
KÜNG, H. Projeto de ética mundial: uma moral ecumênica em vista da sobrevivência humana. São Paulo: Paulinas, 2002 (adaptado).

Em relação ao papel das instituições e dos líderes religiosos para a construção de uma ética mundial, avalie as afirmações a seguir.
I. O diálogo construtivo entre os mais diversos grupos religiosos em favor da paz mundial é uma responsabilidade de todos os crentes e, de modo particular, dos que exercem posições de liderança entre os que partilham da mesma fé.
II. O fundamentalismo religioso, por facilitar uma compreensão mais aprofundada do que é específico da fé de um determinado grupo e do que o distingue dos demais, favorece uma adesão mais fervorosa à fé e consequentemente um maior empenho pela paz.
III. A capacidade de reconhecer que Deus, assim como está em nossa Igreja, está também em todas as Igrejas e em todos os grupos religiosos que buscam viver autenticamente a sua fé, favorece a unidade e a realização de projetos interconfessionais em favor da paz entre os povos.
IV. A religião, ao longo da história, foi capaz de produzir uma mentalidade ambivalente que provocou diversos conflitos econômico-político-militares, bem como diversos acordos de paz.

É correto apenas o que se afirma em

4 Q683449 | Pedagogia, Teorias e Práticas para o Ensino Religioso, Teologia, MEC, INEP, 2022

Todos os dias, bilhões de pessoas vão a templos, igrejas, mesquitas e sinagogas dedicar preces ao seu Deus, fonte de todas as coisas. Não muito longe dos templos, em universidades e laboratórios, cientistas tentam explicar as várias facetas do mundo natural a partir de uma noção supreendentemente semelhante: que a aparente complexidade da Natureza é, na verdade, manifestação de uma unidade profunda em tudo o que existe.
GLEISER, M. Criação Imperfeita. 4.ed. Rio de Janeiro: Record, 2010. (adaptado).

Nesse contexto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. A relação entre religião e ciência se estabelece devido à crença comum de que tudo está interligado; ambos os saberes são interdependentes entre si e buscam uma entidade divina que transcende os limites do espaço e do tempo.
PORQUE
II. Durante milênios, religiosos e cientistas vêm tentando decifrar o enigma da existência, convencidos de que há uma origem única que permite a unidade de todas as coisas.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.

5 Q683450 | Pedagogia, Teorias e Práticas para o Ensino Religioso, Teologia, MEC, INEP, 2022

Determinante na escatologia profética é o fato de se dar uma ruptura radical que implica o fim de uma época e o início de outra qualitativamente diferente. A ideia de ruptura e descontinuidade deve ser tal que implique considerar a época futura como algo realmente novo, cujas características atingem o mais alto grau possível. Por fim, se a nova época é realmente nova, ela só pode vir da atuação de Deus: mesmo que fatores humanos, históricos, entrem em causa, é Deus o agente determinante. Nesse sentido, a escatologia profética ocorre nesta história.
LIMA, M. de L. C. Graça e escatologia: linhas mestras e inter-relações a partir do Antigo Testamento. In: FERNANDES, Leonardo Agostini et al. Exegese, Teologia e Pastoral: relações, tensões e desafios. Santo André: Academia Cristã; Rio de Janeiro: Editora PUC Rio, 2015,p. 252-253 (adaptado).
De acordo com o texto, a história representa a atuação de Deus, conduzindo todos os acontecimentos em conformidade com seu desígnio. Nessa perspectiva, como se estabelece a relação entre escatologia e história?

6 Q683456 | Pedagogia, Teorias e Práticas para o Ensino Religioso, Teologia, MEC, INEP, 2022

TEXTO 1
Não podemos considerar como cientificamente estabelecida a teoria segundo a qual o homem negro seria inferior ao homem branco, ou proveniente de um tronco diferente. Acrescentemos que seria fácil demonstrar o absurdo de proposições tais como: "De acordo com as Sagradas Escrituras, a separação das raças brancas e negras se prolongará no céu como na terra, e os nativos acolhidos no Reino dos Céus serão encaminhados separadamente para certas casas do Pai". Ou ainda: “Somos o povo eleito, observe a tonalidade das nossas peles; outros são negros ou amarelos por causa dos seus pecados".
FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. Tradução Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA, 2008 (adaptado).

TEXTO 2
Os negros que chegaram ao Brasil e foram violentamente transportados do continente africano para o continente americano a fim de servir de mão de obra escrava foram colocados na base da pirâmide social. A justificação para a escravidão era, fundamentalmente, baseada na superioridade de uma raça sobre outra, na teoria segunda a qual uma raça existiria para dominar e outra para ser dominada. Seguindo essa lógica, tudo que se relacionasse com o negro era ruim e inferior e tudo que tivesse relação com o branco era melhor e superior. Trata-se do empobrecimento antropológico da raça negra, da qual é subtraída a dignidade humana.
MANZATTO, A. Teologia e literatura: reflexão teológica a partir da antropologia contida nos romances de Jorge Amado. São Paulo: Loyola, 1994, p. 164 (adaptado).

TEXTO 3
De acordo com a Bíblia Hebraica, a humanidade, homens e mulheres, foi criada à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26). Conforme o relato da tradição religiosa hebraica, todas as etnias da terra descendem de um casal, Adão e Eva (Gn 1.28), e Deus não faz acepção de pessoas (Dt 10.17). Na Escritura Cristã, o Novo Testamento, é afirmado que Deus de um só sangue fez toda a geração dos homens (At 17.26) e que, para Deus, não existe diferença entre raças (judeu e grego), entre condições sociais (escravo e livre) nem entre homens e mulheres (Gl 3.28). Com base nos ensinamentos da Bíblia, os cristãos asseguram que Deus não aprova, e, sim, condena toda e qualquer forma de preconceito, racismo e discriminação.

A partir das abordagens realizadas nos textos, avalie as afirmações a seguir.
I. A visão judaico-cristã da criação do ser humano aponta para a igualdade étnica e racial de todas as pessoas.
II. A escravidão pode ser justificada em situações em que haja necessidade de mão de obra para o desenvolvimento econômico nacional.
III. O reconhecimento da depreciação histórica da “raça negra” deve estimular a criação de um ambiente social de acolhimento, diálogo e oportunidade de convivência.
IV. A promoção de reuniões etnocêntricas para discussão e defesa dos direitos raciais devem ocorrer em todo o território nacional, visando à luta pelo espaço social.

É correto apenas o que se afirma em

7 Q683463 | Pedagogia, Teorias e Práticas para o Ensino Religioso, Teologia, MEC, INEP, 2022

Durante os períodos iniciais da pandemia de Covid-19, percebeu-se atitudes negacionistas diante da gravidade e mesmo da inexistência da doença. Muitas dessas atitudes usaram um discurso religioso para justificar a inexistência da doença ou mesmo que bastaria a fé para a cura e para impedir a disseminação do vírus. Numa situação semelhante, no Século XVI, durante a “Peste Negra”, Martinho Lutero deixou por escrito um conselho pastoral, nos seguintes termos:
“Pedirei a Deus para, misericordiosamente, proteger-nos. Então farei vapor, ajudarei a purificar o ar, a administrar remédios e a tomá-los. Evitarei lugares e pessoas onde minha presença não é necessária para não ficar contaminado e, assim, porventura infligirepoluiroutrose,portanto, causar a morte como resultado da minha negligência. Se Deus quiser me levar, ele certamente me levará e eu terei feito o que ele esperava de mim e, portanto, não sou responsável pela minha própria morte ou pela morte de outros. Se meu próximo precisar de mim, não evitarei o lugar ou a pessoa, mas irei livremente conforme declarado acima. Veja que essa é uma fé que teme a Deus, porque não é ousada nem insensata e não tenta a Deus".
LUTHER, M. O Conselho pastoral de Lutero durante a peste negra. In: Luther´s Works, vol. 43, pp. 365 - 366.

A partir da temática presente no texto, avalie as afirmações a seguir.
I. A ação pastoral em situações de crise tem como fundamento o princípio do cuidado. II. O aconselhamento pastoral possui uma dimensão ampla, incluindo aspectos sociais. III. O cuidado espiritual dispensa o cumprimento dos protocolos sanitários. IV. A fé lúcida receia a Deus e não o desafia.
É correto apenas o que se afirma em

8 Q683441 | Pedagogia, Teorias e Práticas para o Ensino Religioso, Teologia, MEC, INEP, 2022

Os textos sagrados foram escritos há muitos anos, mas continuam válidos para o mundo de hoje. Um texto é sempre resposta a questões de uma determinada época; para compreendê-lo, o intérprete deve entrar no seu mundo. Ao mesmo tempo, a leitura posterior está necessariamente marcada pelos dados e questões da época do leitor, de modo que, na compreensão, se dá uma “fusão de horizontes”: do leitor e da obra. Dessa maneira, um mesmo texto pode ser compreendido e interpretado — dentro dos limites que ele mesmo impõe — de formas diferentes, conforme variem os elementos que, na época posterior, são considerados relevantes para a compreensão. O leitor é elemento ativo na recepção e interpretação textual, de modo que o sentido de um texto não depende somente dele mesmo, mas da leitura sucessiva. A leitura sucessiva torna o texto vivo, capaz de falar também para épocas posteriores à sua fixação escrita. A tradição posterior ao texto é constituída por esse movimento que precede o leitor e que continuará depois dele e por isso está em contínuo crescimento e transformação.
LIMA, M. L. A. Exegese Bíblica: teoria e prática. São Paulo: Paulinas, 2018 (adaptado).

Sobre o pensamento explicitado no texto, assinale a opção correta.

9 Q683443 | Pedagogia, Teorias e Práticas para o Ensino Religioso, Teologia, MEC, INEP, 2022

Para que seja possível desenvolver um novo paradigma em teologia faz-se necessário abordar a história do divórcio entre teologia e espiritualidade, tendo em vista a necessidade de integração entre essas realidades. A dinâmica da teologia é cada vez mais interpelada a ter a espiritualidade como lugar privilegiado (metodológico), a lhe dar plausibilidade histórica e, assim, tornar a teologia instrumento adequado para a ação pastoral e a evangelização. Nestes termos é necessário que a espiritualidade transpasse todo o processo da construção teológica, como consequência de uma profunda relação entre teologia e espiritualidade.
COSTA, R. C. C. Teologia e espiritualidade hoje: do divórcio ao romance. Estudos de Religião, v. 24, n. 39, jul./dez. 2010 (adaptado).

Considerando a abordagem realizada no texto, sobre a espiritualidade e sua relação com a teologia, assinale a opção correta.

10 Q683451 | Pedagogia, Teorias e Práticas para o Ensino Religioso, Teologia, MEC, INEP, 2022

Muitos já se dedicaram a elaborar um relato dos fatos que se cumpriram entre nós, conforme nos foram transmitidos por aqueles que, desde o início, foram testemunhas oculares e servos da palavra. Eu mesmo investiguei tudo cuidadosamente, desde o começo, e decidi escrever-te um relato ordenado, ó excelentíssimo Teófilo, para que tenhas a certeza das coisas que te foram ensinadas.
Lucas 1:1-4, Bíblia Sagrada: Nova Versão Internacional. São Paulo: Editora Vida, 2000, p. 816.

O Evangelho Segundo São Lucas, de acordo a tradição, teria sido escrito por esse personagem do Novo Testamento, embora o livro seja anônimo. Assim como os demais Evangelhos, o livro relata parte da vida de Jesus de Nazaré, o Messias da religião cristã.
A partir da reflexão apresentada e da análise historiográfica das religiões e da teologia aplicadas às origens dos Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), avalie as seguintes afirmações.
I. Para a história das fontes, os Evangelhos Sinóticos foram escritos sem nenhuma dependência entre si, cada escritor escreveu a partir de suas memórias e experiências.
II. Segundo a história das formas, os relatos sobre Jesus de Nazaré iniciaram-se por intermédio da tradição oral e, como é próprio dessa tradição, assumiram formas padronizadas de transmissão conforme os interesses do grupo — que, no caso dos Evangelhos, era o dos primeiros seguidores de Jesus.
III. A história da redação entende que os escritores dos Evangelhos Sinóticos exerceram com maior propriedade a função de teólogos, e não de historiadores, pois desenvolveram suas obras a partir das demandas teológicas e pastorais próprias das comunidades a que pertenciam.

É correto o que se afirma em
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