“Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2014, negros e negras, o que inclui pardos e pretos,
compõem 53,6% da população brasileira. Apesar de maioria, essa população enfrenta grandes grandes desigualdades, a
começar pelo quesito renda: entre os 10% da população mais pobre do país, 76% são negros. Entre o 1% mais rico, apenas
17,4% são negros […]. Na educação, enquanto 22,2% da população branca têm 12 anos de estudos ou mais, a taxa é de 9,4%
para a população negra. O índice de anafalbetismo para a população negra é de 11,8% - maior que a média de toda população
brasileira (8,7%). Dos jovens entre 15 e 29 anos que não estudavam nem trabalhavam, 62,9% eram negros e negras, de acordo
com o IBGE. A maternidade precoce é um dos fatores que levam as meninas a essa condição: do total de meninas de 15 a 19
anos sem estudo e sem trabalho, 59,7% têm pelo menos um filho sendo que, destas, 69% são negras […].” Disponível em: <http://www.unfpa.org.br/novo/index.php/1502-populacao-negra-tem-os-piores-indicadores-sociais-alerta-unfpano-dia-pela-eliminacao-da-discriminacao-racial>. Acesso em: 10 out. 2018. As desigualdades raciais, enquanto parte do problema das desigualdades sociais, demandam um conjunto de ações no nível de
políticas públicas com vistas à sua superação. Considerando este tema e os dados apresentados no texto, é correto afirmar que
a) ações afirmativas como as cotas raciais nas universidades partem do pressuposto de que o aumento da escolaridade gera
um potencial aumento da renda, o que seria uma forma de promover mobilidade social dessa parcela da população.
b) as políticas de ação afirmativa, tais como as cotas raciais em processos seletivos universitários, têm sido, até o momento, as
únicas formas encontradas pelo Estado para a promoção da igualdade racial.
c) a desigualdade de renda, indicada no texto, resulta do fim tardio da escravidão no Brasil, em 1888, o que torna a superação
desse tipo de desigualdade uma questão de tempo.
d) as desigualdades raciais se manifestam na desvalorização do patrimônio cultural afro-brasileiro, algo que tem se
transformado radicalmente nos últimos anos devido a uma maior tolerância religiosa no Brasil.