“No início do século XVII, temos as primeiras referências,
nos documentos, a escravos fugidos que formam uma
comunidade na área dos Palmares, na região serrana a
cerca de 60 quilômetros da costa do atual estado de Alagoas,
por volta de 1605. (...) Em 1667, os quilombolas começaram
a atacar fazendas para conseguir armas, libertar escravos e
vingar-se de senhores e feitores. (...)Os ataques portugueses
intensificaram-se nos anos seguintes, sem sucesso, até que o
paulista Domingos Jorge Velho ofereceu-se para conquistar
os índios de Pernambuco, em 1685, o que abria as portas
para sua atuação, também, no combate aos escravos fugidos
e agrupados em Palmares.”
FUNARI, Pedro Paulo e CARVALHO, Aline Vieira de. Palmares, ontem e hoje. Rio de
Janeiro: Jorge ZAHAR Editor, 2005, pp. 11-13
“Em meados de 1887, escravos fugidos de várias partes
da província, estimulados pelos caifazes, organizaram no
Mont Serrat, em Santos, no litoral paulista, o Quilombo
do Jabaquara – uma verdadeira cidade, de onde seus
ocupantes saíam para trabalhar nas minas de carvão ou
como carregadores de café no porto. Foi a maior colônia de
escravos fugidos no período.
O Quilombo do Jabaquara fazia parte de uma rede de
quilombos muito mais ampla, ligada à Confederação
Abolicionista – criada em 1883 na sede do jornal Gazeta da
Tarde, na cidade do Rio de Janeiro por José do Patrocínio,
João Clapp, André Rebouças, Aristides Lobo e muitos outros
intelectuais, jornalistas, empresários etc.”
VAINFAS, Ronaldo e outros. História. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. p. 485.
Os textos permitem afirmar que os quilombos no Brasil